quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Segurança de Túneis Ferroviários







Os túneis são de entre as obras de engenharia civil as que mais necessitam de uma observação criteriosa, posto que são construídos num meio cujas características são conhecidas, em regra, de uma forma insuficiente. No caso dos túneis ferroviários, há que distinguir duas etapas fundamentais, as que correspondem à fase de construção e à fase de exploração.

Durante a construção, para garantir a segurança da obra, deve haver um acompanhamento da sua execução por forma a avaliar 0 comportamento e a conformidade com o projecto. A estratégia seguida pela observação durante a fase de exploração consiste em avaliar o comportamento da obra ao longo do tempo e as variações das principais características, de forma a ser possível compreender os fenómenos que ocorrem durante a vida da obra.
A grande maioria dos túneis ferroviários, com excepção de algumas obras e de túneis em comboios de alta velocidade, é bastante antiga, pelo que a avaliação da segurança se processa a partir de inspecções ou de observações de difícil execução por dificuldades de acesso. Daí a necessidade de desenvolvimento de sistemas automáticos de monitorização, com processos de vigilância ou alerta incidindo sobre certos parâmetros característicos, que possam revelar eventuais anomalias do comportamento do túnel.
A observação das obras deve efectuar­-se de uma forma sistemática e planeada de forma a garantir a segurança e funcionalidade das obras, a verificação da adequabilidade dos critérios utilizados no projecto face ao comportamento observado na obra e, caso necessário, permitir, numa óptica interactiva, a alteração do processo construtivo adoptado e, ainda, a aquisição de conhecimentos que permitam uma melhor fundamentação na avaliação do controlo da segurança em futuras obras.




A análise da estabilidade das obras subterrâneas constitui uma das tarefas fundamentais. Os factores que mais influenciam a estabilidade estão sobretudo relacionados com a estratificação dos maciços, os níveis freáticos, características resistentes do maciço, forma da cavidade, sequência construtiva, existência ou não de cavidades múltiplas, tipos de suporte e fenómenos de deterioração ao longo do tempo. No caso de obras em rocha, a estabilidade é frequentemente condicionada pela presença de descontinuidades e as roturas ocorrem frequentemente com escorregamento ou separação ao longo destas superfícies. No caso das obras em solos, a estabilidade é condicionada pelas condições de resistência, drenada ou não drenada, em função do tipo de terreno, nomeadamente do tipo argiloso ou arenoso, e das condições de execução da obra.


Fonte: http://www.engenhariacivil.com/

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