terça-feira, 30 de novembro de 2010

País demandará 120 mil engenheiros

Se considerado cenário otimista para o desenvolvimento do Brasil, vão faltar 150 mil engenheiros em 2012

A engenheira civil vê surgir um debate importante para o seu desenvolvimento: importar profissionais. A questão, por um lado, tem sido estimulada, e de outro lado é questionada.

Por exemplo: foi assinado um protocolo de intenções entre a Cooperativa da Construção Civil do Estado (Coopercon/CE) e a Câmara Brasil-Portugal (CBP-CE) oficializando a parceria que visa o fornecimento de produtos, equipamentos e profissionais portugueses para o Ceará.

É um caso de estímulo à importação de engenheiros para trabalhar na construção civil. A parceria, no entanto, provocou o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE), que quer saber os critérios para a inserção deste profissional no mercado local.

Para estimular o debate, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(Crea-CE) realizou ontem a 4ª jornada cearense do setor, com a palestra do assessor do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) Danilo Sili Borges. Ele falou sobre "escassez de engenheiros e importação de cérebros".

"Como o Brasil está tendo um desenvolvimento maior, depois de muitos anos, estão faltando engenheiros, ou já se começa a perceber que no futuro deve faltar para atender a atividade econômica", afirma Borges. "É preciso olhar se a permissão de entrada de engenheiros do exterior para suprir essa falta é bom ou mal, dependendo do nível desses profissionais. Se eles foram de grande competência e saber, podem nos ajudar".

Para Borges, o importante, neste momento, é provocar o debate. "Temos que observar o cenário", avalia o assessor do Confea. "Se admitirmos um quadro de grande desenvolvimento, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2012, vão faltar 150 mil engenheiros no País inteiro. Isso em um cenário de muito otimismo. Mas, o mundo vive uma situação de grandes incertezas, como na Europa e Estados Unidos".

De acordo com Borges, a região Sudeste é a que mais demanda profissionais de engenharia. "É a região mais industrializada, mas é também a que forma mais engenheiros. A oferta também é maior", analisa.

O assessor diz que em Brasília, e em outras cidades onde foi levantada essa discussão, a conclusão é difícil. "Cada pessoa tem as suas hipóteses sobre crescimento do País. São visões diferentes", disse.

Fonte: diariodonordeste.globo.com



Infinito.





a vida é tão pouco talvez seria supérfluo vivé-la se não amarmos agora.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Viver ou Juntar dinheiro? (MAX GEHRINGER)

Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.
Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.
E assim por diante.
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.
Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"

Que tal um cafezinho?


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Como asfaltar uma pista de oval superspeedway

Equipes destruíram, retiraram e reasfaltaram mais de 130 mil metros quadrados da superfície da pista do famoso Daytona International Speedway em apenas 19 semanas. A obra precisou de 45 mil toneladas de asfalto e muito conhecimento em engenharia. Veja como eles fizeram.

Construído em 1958, o circuito de Daytona é uma das pistas mais famosas do mundo. É onde se realiza as 500 milhas de Daytona, um dos clássicos da NASCAR. Mas nesse ano a "grande corrida americana" foi interrompida duas vezes devido a um grande problema de infraestrutura americano: buracos.
Isso deixou os dirigentes do autódromo com poucos meses antes do início da temporada de 2011 para desmontar a pista, retirá-la e reconstruí-la.

Os engenheiros rapidamente arrumaram um plano para recriar a famosa superfície de corridas.
Iniciado em julho deste ano, as equipes começaram a retirar a superfície de 50 anos. Na segunda semana, eles haviam removido 57 postes de luz, 1524 metros de barreiras de segurança e 7.700 toneladas de asfalto (sempre capitalizando tudo, os americanos estão vendendo pedaços da pista original).

Esta foi a parte fácil. Ao contrário de uma pavimantação urbana, a superfície de Daytona é projetada para permitir que os carros atinjam velocidades acima de 350 km/h. Isso significa que as equipes tiveram que construir cada curva cuidadosamente com o ângulo apropriado.

Uma vez que o ângulo é estabelecido, um caminhão de asfalto transfere a brita para um caminhão menor, que então despeja em uma esteira sustentada por um guindaste. Até aqui este processo não é muito diferente do que é feito normalmente, mas o próximo passo envolve muito trabalho de engenharia.





O asfalto é transferido do guintaste a um asfaltador ABG Titan 525, que espalha o asfalto pela superfície da pista. Para atingir o ângulo necessário, a máquina é suspensa em um ângulo de 31 graus por um Caterpillar D9 no topo da pista. Em seguida é a vez de um rolo compressor Hamm DV-8, também suspenso por um bulldozer. O rolo compressor usa seu enorme peso de 18 toneladas para esmagar o material em na superfície macia. Isso é repetido inúmeras vezes até que a superfície esteja densa o bastante para suportar corridas.

Na semana passada a linha de chegada foi asfaltada e as barreiras e áreas de escape estão sendo remontadas na pista. Os trabalhos mais detalhados continuam enquanto a equipe prepara a pista para testes de pneus em 15 de dezembro.

Será a primeira vez que os carros vão rodar sobre a nova superfície

Fonte: Instituto da Engenharia.
Youtube

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Petrolífera planeja construir maior estrutura flutuante do mundo

Com 468 metros de comprimento, plataforma seria usada na extração de gás na costa da Austrália
por Da New Scientist
A gigante petrolífera Shell planeja explorar o campo de gás Prelude, a 475 quilômetros da costa da Austrália, por meio da construção de um gigante campo de extração de gás natural flutuante, projetado para ter 468 metros de comprimento.



Se for construída, a plataforma será a maior estrutura flutuante do mundo, com 10 metros a mais que o maior superpetroleiro do mundo, o Knock Nevis, que encerrou suas operações em 2009.

Sua movimentação irá deslocar 600 mil toneladas de água - quantiadade seis vezes maior que o volume de água deslocada pelo porta-aviões de propulsão nuclear da Marinha dos EUA USS Nimitz. Nenhuma plataforma flutuante de óleo ou gás chega perto disso.

Construir uma embarcação desta magnitude será um enorme desafio de engenharia, explica Mark Lambert, da Royal Institution of Naval Architects, em Londres. "É possível", diz ele, "mas teremos que ser muito cuidadosos sobre como ele se flexiona ao longo de seu comprimento, para que as rachaduras por fadiga sejam evitadas", afirma.

Se o governo australiano aprovar o projeto, após uma cuidadosa avaliação do impacto ambiental, a plataforma será construída em um estaleiro na Coreia do Sul e depois será rebocada para o campo Prelude, onde a Shell diz que poderá iniciar suas operações em 2015.

O edifício de 15 andares construído em 06 dias na China.




O Ark Hotel é um edifício localizado em Changsha, capital da província de Hunan, na China, que foi construído em tempo recorde de seis dias.

Suas fundações já estavam prontas quando a estrutura metálica começou a ser montada, no entanto, prédios similares a esse costumam demorar em média três meses para serem erguidos.

A estrutura do Ark Hotel foi projetada com resistência de nível 9 para terremotos e é formada por colunas, vigas e reforços tranversais em aço, lajes de concreto pré-moldadas, além do revestimento externo composto de painéis pré-fabricados.

Na construção do Ark Hotel não foram utilizados guindastes estacionários, o que permitiu que a estrutura fosse montada em apenas 46 horas. O acabamento e revestimento externo demoraram 90 horas para serem concluídos.

Os materiais foram fabricados em vários locais e transportados para o canteiro de obras, tornando possível reduzir o peso dos resíduos, refugos e sobras de materiais utilizados. A obra apresentou menos de 1% de desperdício e descartes de materiais.

A construção do Ark Hotel utilizou processos inovadores baseados na otimização de materiais, energia e uso de mão de obra, resultando não só na redução de tempo de execução, como também no barateamento da obra.

Este projeto faz parte de um programa do Governo Chinês em busca de uma consciência popular de ecologia e sustentabilidade, pois o país é um dos poluidores do mundo.


Link do vídeo no Youtube.

Fonte: www.metalica.com.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Apenas 5% do total de formandos no Brasil são engenheirosApenas 5% do total de formandos no Brasil são engenheiros

Na sessão de abertura do evento Brazil Automation ISA 2010 - Congresso e Feira, que acontece até quinta-feira , no Expo Center Norte, em São Paulo, o principal painel teve por tema "Desafios na formação de profissionais de Engenharia no Brasil". Dr. Mario Sergio Salerno, prof. titular da Escola Politécnica de São Paulo, Doutor em Engenharia de Produção pela POLI e Coordenador do LGI, Laboratório de Gestão da Inovação da POLI - USP, principal palestrante, citou alguns números do último censo escolar completo, datado de 2008. "Constata-se que há uma evasão enorme no ensino de engenharia no Brasil. Foram cerca de 460 mil matrículas no início do ano , contra apenas 48 mil novos formandos a ingressarem no mercado de trabalho no fim de 2008. E mais, dentre todos os formandos em nível superior, apenas 5% são engenheiros", diz Salerno.

Comparativamente a outros países, a posição do Brasil não é confortável. Na Espanha, 14% dos formandos são engenheiros, em Portugal 20%, na China e Coréia de 25 a 30%. Já a relação entre número de engenheiros formandos por número de habitantes, no Brasil, é de 2 por 10 mil. Nos EUA, é de 4,6 , na Espanha de 6,5, na China 13,4 e Coréia 16,4.

O presidente da ISA Distrito 4, José Otávio Mattiazzo, também presente ao painel, destacou dados recentes da CNI - Confederação Nacional da Indústria, relativos ao tema . " Estes dados indicam que o Brasil forma apenas metade dos engenheiros que o país necessita, anualmente. Além disso, ainda temos de nos defrontar com a disparidade entre a formação destes profissionais e as necessidades da indústria", reforça Mattiazzo. Segundo ainda dados da CNI, o déficit de engenheiros em 2010, no país, é da ordem de 150 mil.

Nelson Ninin, presidente da ISA - International Society of Automation, principal organização mundial do setor de automação que reúne cerca de 30 mil membros em mais de 50 países, e primeiro brasileiro a presidir a oraganização, destacou que "este déficit não é um problema só do Brasil, mas do mundo todo. E que a qualificação profissional é um dos temas centrais da ISA. "O Brasil dá mostras reais de que já saiu da crise O mundo todo nos olha com especial atenção. O tamanho do evento é uma demostração do bom momento em que vivemos. São 13 mil m2 de área, 120 empresas participantes e um público estimado em 14 mil pessoas".

Para Salerno, uma questão preocupante é que 62% dos engenheiros saem de faculdades privadas. E como o curso de engenharia é um curso caro, que envolve a necessidade de uma boa estrutura, laboratórios, investimentos, as faculdades públicas normalmente estão mais aptas a manter estes cursos. "Por outro lado, o MEC está absolutamente ciente da carência de profissionais de engenharia. Neste sentido, está havendo uma expansão significativa da universidade pública e uma parte importante é dedicada às ciências exatas", diz o pesquisador.

Na formação de doutores no Brasil, a área de engenharia responde por 11% do total de 11 mil doutores, também dados do censo de 2008. "A produção científica brasileira tem evoluído de forma expressiva, porém nas cinco áreas de maior produção, não aparece a engenharia", ressalta Salerno.

Para Marcus Coester, VP de Membros e Imagem da ISA, a crise na área de engenharia é comum a outros países. " Nos EUA, há também este problema. Por vocação, as pessoas se dirigem a outras áreas. Já na China, a situação é inversa. São formados mais de 400 mil engenheiros por ano. Mais do que todo o ocidente."

Salerno concluiu a sua apresentação do painel de abertura do evento ponderando que, apesar do Brasil formar poucos engenheiros percentualmente em relação à sua população, comparativamente a outros países, mesmo assim este número não é pequeno por que a população do país é grande. " E mesmo com a carência que o mercado tem destes profissionais, os salários não estão aumentando. Este é um dos fatores que afasta os alunos. Além do curso ser difícil, ter grande carga horária", diz

Para o pesquisador, os principais desafios na formação de profissionais de engenharia no Brasil passam pela necessidade de se pensar uma nova didática para esta geração plugada. A utilização de educação à distância, mídia móvel. E uma maior integração com a sociedade. "A integração com as empresas também é muito difícil. Na POLI, por exemplo, na área de estágios planejados, há uma única empresa integrada".

"Diria que o problema a curto prazo não é exatamente de quantidade, mas de qualidade. As empresas pagam mal o engenheiro iniciante e este por sua vez está mais propenso a formar a sua própria empresa".

Além do tema da formação de mão-de-obra de profissionais de engenharia, o ISA também apresentou o seu programa de Certificação de Profissionais de Automação- CAP, através do eng. Ian Verhapen, da ISA Canadá, que tem por finalidade qualificar os profissionais da área garantindo que os mesmos estejam capacitados quanto às necessidades e exigências tecnológicas da nova realidade global.

Sobre a ISA

A ISA Distrito 4 - www.isadistrito4.org.br - é coligada à "ISA - International Society of Automation", principal organização mundial do setor de Automação Industrial, que reúne cerca de 30 mil membros em mais de 50 países. É o terceiro maior Distrito dentre os 14 que constituem a sociedade e suas atividades abrangem os países da América do Sul e Trinidad . O principal objetivo da ISA é desenvolver e estimular iniciativas relacionadas à Automação, Sistemas e Instrumentação, além de maximizar o valor dos profissionais da área, contribuindo para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de suas carreirras. A ISA oferece como principais serviços o Treinamento, a Capacitação Técnica e a Certificação dos Profissionais do segmento de Automação Industrial. Suas Normas, Padrões, Livros, Artigos e Recomendações são reconhecidos mundialmente e adotados pelas principais entidades normalizadoras e indústrias.


fonte: http://www.institutodeengenharia.org.br

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Confição de um estágiario.

Essa é boa ... não sei se é velha, ou se todo mundo já conhece, mais hje eu recebi esse email e não parei de rir e agora to compartilhando com vcs :)


Fui demitido. Justa causa.

Como estagiário, aprendi milhões de coisas e fui muito bem sucedido nas
minhas funções. Juro que não entendo o porquê de me demitirem...
Eu tinha várias funções que fazia com excelência, entre elas:

1. Tirar xerox. 3.1 segundos por página.

2. Passar café.

3. Comprar cigarro e pão. 1 minuto e 27 segundos. Ida e volta.

4. Fazer jogos na Mega-Sena, Dupla-Sena, Lotofácil, Loteria Esportiva...

Eu era muito bom. Mesmo. Fazia tudo certinho, até que peguei uma certa
confiança com o pessoal e resolvi fazer uma brincadeirinha inocente.

É impressionante o nível de stress em um ambiente de trabalho.
Quis dar uma amenizada na galera, deixar o povo feliz e fui recompensado
com uma bela de uma demissão por justa causa. Puta sacanagem!

Vou contar toda minha rotina desse dia catastrófico.

Era quinta-feira, 26 de março, quando cheguei ao trabalho.

Nesse dia, passei na padaria no meio do caminho. Demonstrando muita
proatividade, comprei pão e 3 Marlboro. Já queria ter na mão sem nem mesmo
me pedirem. Quando abri a agência (sim, me deixam com a chave porque o
pessoal só começa a chegar lá pelas 11h), já vi uma montanha de folhas para
eu xerocar na minha mesa. Xeroquei tudo, fiz café e deixei tudo nos
trinques (minha mãe que usa essa gíria rs).
Como tinha saído um pouco mais cedo no outro dia, deixaram um recado na
minha mesa: "pegar o resultado da mega-sena na lotérica".
Como tinha adiantado tudo, fui buscar o resultado. No meio do caminho, tive
a ideia mais genial da minha vida e, consequentemente, a mais estúpida.

Peguei o resultado do jogo: 01/12/14/16/37/45. E o que fiz?
Malandro que sou, peguei uns trocados e fiz uma aposta igual a essa. Joguei
nos mesmos números, porque, na minha cabeça claro, minha brilhante ideia
renderia boas risadas. Levei os 2 papeizinhos (o resultado do sorteio e
minha aposta) para a agência novamente.
Ainda ninguém tinha dado as caras. Como sabia onde o pessoal guardava os
papeis das apostas, coloquei o jogo que fiz no meio do bolinho e deixei o
papel do resultado à parte.

O pessoal foi chegando e quase ninguém deu bola pros jogos. Da minha mesa,
eu ficava observando tudo, até que um cara, o Daniel, começou a conferir.
Como eu realmente queria deixar o cara feliz, coloquei a aposta que fiz
naquele dia por último do bolinho, que deveria ter umas 40 apostas.
Coitado, a cada volante que ele passava, eu notava a cara de desolação
dele. Foi quando ele chegou ao último papel.
Já quase dormindo em cima do papel,vi ele riscando 1, 2, 3, 4, 5, 6
números. Ele deu um pulo e conferiu de novo.
Esfregou os olhos e conferiu de novo, hahahaha. Tava ridículo, mas eu tava
me divertindo.
Deu um toque no cara do lado, o Rogério, pra conferir também.
Ele olhou, conferiu e gritou:
-"PUTA QUE PARRRRRRRRIUUUUUUUUUU, TAMO RICO, PORRA". Subiu na mesa, abaixou
as calças e começou a fazer girocóptero com o pau.

Óbvio que isso gerou um burburinho em toda a agência e todo mundo veio ver
o que estava acontecendo.
Uns 20 caras faziam esse esquema de apostar conjuntamente. 8 deles, logo
que souberam, não hesitaram: correram para o chefe e mandaram ele tomar bem
no olho do cu e enfiar todas as planilhas do Excel na buceta da arrombada
da mulher dele.
No meu canto, eu ria que nem um filho da puta. Todos parabenizando os
ganhadores (leia-se: falsidade reinando, quero um pouco do seu dinheiro),
com uns correndo pelados pela agência e outros sendo levados pela
ambulância para o hospital devido às fortes dores no coração que sentiram
com a notícia.

Como eu não conseguia parar de rir, uma vaquinha veio perguntar do que eu
ria tanto. Eu disse:
-"puta merda, esse jogo que ele conferiu eu fiz hoje de manhã.
A vaca me fuzilou com os olhos e gritou que nem uma putalouca:
-"PAREEEEEEEEEEM TUDO, ESSE JOGO FOI UMA MENTIRA.UMA BRINCADEIRA DE MAU
GOSTO DO ESTAGIÁÁÁÁÁÁÁRIO"
Todos realmente pararam olhando pra ela. Alguns com cara de "quê?" e outros
com cara de "ela tá brincando".
O cara que tava no bilhete na mão, cujo nome desconheço, olhou o papel e
viu que a data do jogo era de 27/03.
O silêncio tava absurdo e só eu continuava rindo. Ele só disse bem baixo:
- É...é de hoje.
Nesse momento, parei de rir, porque as expressões de felicidade mudaram
para expressões de 'vou te matar'.
Corri... corri tanto que nem quando eu estive com a maior caganeira do
mundo eu consegui chegar tão rápido ao banheiro.
Me tranquei por lá ao som de "estagiário filho da puta", "vou te matar" e
"vou comer teu cu aqui mesmo". Essa última foi do peladão !

Eu realmente tinha conseguido o feito de deixar aquelas pessoas com
corações vazios, cheios de nada, se sentirem feliz uma vez na vida.
Deveriam me dar uma medalha por eu conseguir aquele feito inédito. Mas
não... só tentaram me linxar e colocaram um carimbo gigante na minha
carteira de trabalho de demissão por justa causa. Belos companheiros!

Pelo menos levei mais 8 neguinho comigo ! Quem manda serem mal educados com
o chefe. Eu não tive culpa alguma na demissão deles.
Pena que agora eles me juraram de morte...agora tô rindo de nervoso.
Falei aqui em casa que fui demitido por corte de verba (consegui justificar
dizendo que mandaram mais 8 embora, rs) e que as ligações que tenho
recebido são meus amigos da faculdade passando trote.


É, amigos !!! descobri com isso. Que não se pode brincar em serviço
mesmo...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Veja 9 dicas para construir uma casa sustentável


Cuidados simples, alguns até já praticados, podem fazer diferença na natureza

Mais que uma realidade, cada vez mais a casa sustentável é uma necessidade. Para ficar no dado: a construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no mundo, de acordo com o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea). Para ficar no positivo: construções sustentáveis podem reverter o quadro de degradação ambiental e preservar os recursos naturais para gerações futuras.

Em tempos de mudanças climáticas, quanto mais opções que poupem o meio ambiente, melhor. E a maioria das inovações não é cara ou dá retorno financeiro a médio e longo prazo, o que pode sensibilizar bolsos mais resistentes.

Confira abaixo nove dicas para construir uma casa ambientalmente amigável. Na maioria, são cuidados simples, alguns que até já são praticados, que podem fazer diferença na natureza.

1.Como se trata de um mercado em constante renovação, informe-se sempre pela internet e com quem trabalha com esse tipo de material quais são as novas tendências

2.Troque os materiais de construção pelos produzidos com baixo custo ambiental. Por exemplo, tijolo de solo-cimento em lugar do tradicional. Pode custar mais, mas dispensa o acabamento com massa corrida, ou seja, o custo fica zero a zero

3.Isole bem a casa, como forma de aproveitar ao máximo a refrigeração e o aquecimento, evitando desperdício

4.Sistemas de captação de energia solar e de água da chuva são mais complexos de serem instalados, mas dão resultados e retorno do investimento a médio e longo prazo

5.Medidores de consumo de água ajudam a controlar e reduzir o consumo

6.Troque lâmpadas comuns pelas fluorescentes, que consomem menos

7.Em vez de ar-condicionado, use ventiladores de teto. Também servem no frio, para movimentar o ar quente concentrado no alto

8.Algo de baixo trabalho e alto rendimento: plantar árvores. Se forem frutíferas, melhor: você pode consumir a produção e até iniciar sua própria horta

9.Dê preferência a utensílios do lar eletrodomésticos com certificados de que não agridem o meio ambiente, como vassouras feitas a partir de mata desmatada legalmente.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Instituto de Engenharia atuando na sustentabilidade

Foi assinado em 25 de maio, o convênio
de parceria entre Instituto de
Engenharia e a Deca-Duratex, com
o objetivo de implantar o conceito de
sustentabilidade e sua aplicação à sede
do Instituto, possibilitando ao meio
técnico e aos usuários acompanhar o
processo de economia que ocorrerá nas
instalações hidráulicas do prédio.
No ato de assintaura, presidido pelo
presidente do Instituto de Engenharia,
o eng. Aluizio de Barros Fagundes, estiveram
presentes o vice-presidente de
Atividades Técnicas, o eng. Marcelo
Instituto de Engenharia atuando na sustentabilidade
Rozenberg e a eng. Cibeli Monteverde,
do Instituto de Engenharia, o diretor
de Desenvolvimento e Marketing da
Deca, Flavio Dias Soares, o gerente da
Área de Serviços e Pós-Venda, Bruno
Antonaccio, e o eng. Marco Yamada da
Área de Engenharia de Aplicações.
O projeto, com duração prevista para
aproximadamente um ano, foi desenvolvido
pela Vice-Presidência de Atividades
Técnicas e será supervisionado pela
eng. Cibeli Monteverde, que o concebeu.
Após a instalação de vários hidrômetros
nas colunas dos banheiros, serão feitas
medições individualizadas de consumo
ao longo de três meses e, então, trocados
os equipamentos (bacias, mictórios, válvulas,
torneiras e demais complementos),
medidos os novos consumos ao longo de
um período suficientemente longo para
eliminar as flutuações sazonais.
Ao final, será feita uma apresentação
de todo o projeto, com os resultados
físicos e econômicos alcançados,
sendo que a gestão de todo o processo
será também em parceria com a Deca,
representada pelo engenheiro Marco
Yamada.


Fonte: Jornal do Instituto de engenharia.

Casa popular econômica e sustentável

Assim é esta casa popular que reúne soluções construtivas bem-vindas em qualquer obra, como o uso de madeira certificada e de ventilação e iluminação naturais fartas.



A indústria e a universidade se juntaram para colocar de pé o projeto piloto de uma moradia popular que prima pela planta bem distribuída (veja o quadro abaixo), pelo uso de materiais amigos do meio ambiente e pelo conforto térmico obtido com recursos tão simples quanto a ventilação natural.

O segredo do sucesso começa pelo sistema construtivo, a alvenaria estrutural com blocos de concreto, que dispensa vigas e economiza nos acabamentos. Para quem se anima a investir em sustentabilidade, é possível ter banho aquecido por energia solar e aproveitamento da água da chuva, entre outras soluções que você vê nas próximas páginas.











A planta básica pode anexar facilmente a construção de uma suíte com closet: basta substituir a janela por uma porta para conectar os módulos, que assim somam 64 m2



PLANEJADA PARA CRESCER
Ela nasceu dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fruto de um projeto desenvolvido pelos professores Oswaldo Luiz de Souza e Alice de Barros Horizonte Brasileira, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Aprimorada em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland e com a empresa cimenteira Holcim, a proposta resultou na morada que reúne sala, dois quartos, banheiro, cozinha e lavanderia coberta em uma planta básica de 46 m².







Para que o projeto piloto saia do papel e ganhe os canteiros de obra, é preciso envolver os comerciantes do setor de construção: a ideia é que em revendas parceiras do programa os interessados adquiram o projeto e os materiais e contratem a mão de obra.





Truques da união perfeita

integração dos ambientes já é uma realidade na decoração atual. Independente do tamanho da morada, essa solução sempre garante conforto e aconchego.
Em apartamentos pequenos, a integração estabelece uma função ainda mais importante: criar uma sensação de amplitude nos espaços.

Sem barreiras, os cômodos se comunicam melhor e, aliado a outros truques decorativos, acabam crescendo.

Para sala de estar e jantar, por exemplo, o espelho é um item quase indispensável para ampliar o local. Para amenizar o excesso de reprodução que este tipo de material acaba causando, costumo usar o espelho bronze que é também extremamente elegante.
Quanto ao mobiliário, as madeiras escuras não precisam ser evitadas porque o ambiente possui dimensões reduzidas. Pelo contrário, se bem utilizadas, eles podem enobrecer o ambiente. Quanto aos tecidos, cores e revestimentos, eles devem apenas ser harmonizados entre si e nunca serem combinadinhos de mais. Desta forma, saímos do óbvio e criamos uma decoração original.


Fonte: http://mrvengenharia.wordpress.com

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Arquimedes




Arquimedes (em grego Ἀρχιμήδης) foi um matemático, físico e inventor grego. Foi um dos mais importantes cientistas e matemáticos da Antiguidade e um dos maiores de todos os tempos. Ele fez descobertas importantes em geometria e matemática, como por exemplo um método para calcular o número π (razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro) utilizando séries. Este resultado constitui também o primeiro caso conhecido do cálculo da soma de uma série infinita. Ele inventou ainda vários tipos de máquinas, quer para uso militar, quer para uso civil. No campo da Física, ele contribuiu para a fundação da Hidrostática, tendo feito, entre outras descobertas, o famoso princípio que leva o seu nome. Ele descobriu ainda o princípio da alavanca e a ele é atribuída a citação: "Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo".

Hoje conhecemos muito pouco sobre a vida de Arquimedes e sobre a sua obra, já que muitos dos documentos originais foram destruídos. No entanto os romanos tinham muita admiração por ele e alguns historiadores deixaram textos em que descreviam aquilo que na sua época ainda se conhecia sobre a sua vida e obra. Apesar de que muitos desses textos são sobretudo lendas, o pouco que se sabe sobre Arquimedes teve uma importância decisiva no surgimento da ciência moderna, tendo influenciado, entre outros, Galileu Galilei e Isaac Newton.



Biografia
A maioria dos detalhes da vida de Arquimedes são desconhecidos. Sabe-se que nasceu em Siracusa, na época uma cidade-estado da Magna Grécia cerca de 287 a.C. Seu pai foi um astrônomo chamado Fídias, do qual nada se conhece. Quando jovem, estudou em Alexandria, o centro do saber da época, com Cônon, um dos discípulos de Euclides. Embora na Antiguidade não houvesse clara distinção entre matemáticos (geómetras), físicos (cientistas naturais) e filósofos, Arquimedes destacou-se ao longo da sua vida principalmente como inventor e matemático.

Arquimedes morreu após a tomada de Siracusa durante a Segunda Guerra Púnica, cerca do ano 212 a.C.. Foi morto por engano por um soldado romano, apesar dos soldados terem ordens explícitas para defendê-lo, já que os romanos tinham uma enorme admiração por ele. Diz-se que quando os soldados romanos invadiram a praia de Siracusa, encontraram um velho senhor - o próprio Arquimedes - desenhando círculos na areia. Sem imaginar que esse era o génio responsável pela criação das poderosas armas sicilianas, assassinaram-no quando ele se negou a obedecer a suas ordens, porque não queria ver perturbado o raciocínio que seguia nesse momento. De acordo com o seu desejo, a sua sepultura foi decorada com o desenho de uma esfera dentro de um cilindro, que fazia parte de uma das suas demonstrações matemáticas favoritas.



Obra e pensamento de Arquimedes
Acreditava que nada do que existe é tão grande que não possa ser medido. Aperfeiçoou, pois, o sistema grego de numeração, criando uma notação cômoda para os números muito grandes, semelhante ao actual sistema exponencial. As suas invenções engenhosas de máquinas de carácter utilitário e bélico fizeram-no famoso.

Em mecânica, são atribuídas a ele algumas invenções tais como a rosca sem fim, a roda dentada, a roldana móvel, a alavanca. Alguns historiadores dizem que ele teria criado dispositivos como a máquina de Antikythera.

[editar] Hidrostática: "Eureka! Eureka!"
Em Física, no seu "Tratado dos Corpos Flutuantes", estabeleceu as leis fundamentais da Estática e da Hidrostática. Um dos princípios fundamentais da hidrostática é assim enunciado: "Todo corpo mergulhado total ou parcialmente em um fluido sofre uma impulsão vertical, dirigido de baixo para cima, igual ao peso do volume do fluido deslocado, e aplicado no centro de impulsão."

O centro da impulsão é o centro de gravidade do volume que corresponde à porção submersa do corpo. Isto quer dizer que, para o objecto flutuar, o peso da água deslocada pelo objecto tem de ser maior que o próprio peso do objecto.

Conta-se que certa vez, Hierão, rei de Siracusa, no século III a.C. havia encomendado uma coroa de ouro, para homenagear uma divindade que supostamente o protegera em suas conquistas, mas foi levantada a acusação de que o ourives o enganara, misturando o ouro maciço com prata em sua confecção. Para descobrir, sem danificar o objeto, se o seu interior continha uma parte feita de prata, Hierão pediu a ajuda de Arquimedes. Ele pôs-se a procurar a solução para o problema, a qual lhe ocorreu durante um banho. A lenda afirma que Arquimedes teria notado que uma quantidade de água correspondente ao seu próprio volume transbordava da banheira quando ele entrava nela e que, utilizando um método semelhante, poderia comparar o volume da coroa com os volumes de iguais pesos de prata e ouro: bastava colocá-los em um recipiente cheio de água, e medir a quantidade de líquido derramado. Feliz com essa fantástica descoberta, Arquimedes teria saído à rua nu, gritando "Eureka! Eureka!" ("Encontrei! Encontrei!"').

O autor mais antigo conhecido a descrever essa história foi Marcus Vitruvius Pollio, um arquiteto romano do século I a.C., em sua obra De architetura. Vitruvius não viveu na época de Arquimedes e sim dois séculos depois, portanto as suas palavras não constituem relato de primeira mão, e não se sabe em que tipo de fonte ele se baseou. O método atribuído por ele a Arquimedes não seria, no entanto, adequado, por causa dos erros introduzidos pela tensão superficial do líquido.

Muitos autores antigos perceberam as dificuldades de se utilizar tal método. Um deles foi Galileu Galilei, que comentou sobre isso em um pequeno trabalho chamado La bilancetta ("A balancinha"). Galileu suspeitava que Arquimedes teria utilizado outro método, empregando pesagens (balança hidrostática) e não medidas de líquido derramado. Em 1891, o francês Marcellin Berthelot encontrou um texto do início da era cristã que confirmava a conjectura de Galileu, pois atribuía a Arquimedes esse segundo método. Os argumentos e documentos estudados por Berthelot reforçam a idéia de que Arquimedes teria utilizado um método de pesagens no ar e na água e não o método de derramamento de água descrito por Vitruvius.



Criações bélicas
Na Segunda Guerra Púnica, contra o poderoso exército e marinha romanos, comandados pelo Cônsul Marco Cláudio Marcelo, Arquimedes teria criado aparatos, como:

Catapultas de grande alcance para lançar blocos de pedra sobre as galeras inimigas;
Durante quase três anos, as máquinas de guerra de sua invenção que lançavam dardos e pedras de até 150 quilogramas teriam sido as principais responsáveis pelas derrotas impostas pelos gregos ao exército de Marcelo, general romano que sitiava Siracusa.

Um enorme jogo de espelhos côncavos, formados pelos escudos de bronze dos soldados gregos, após polimento, que direcionavam a luz do Sol para um mesmo ponto de um navio por vez, afim de incendiá-lo. Não há comprovações históricas de que esse facto realmente ocorreu.
Tentativas de repetir este feito foram feitas mas produziram resultados inconclusivos. No programa "Caçadores de Mitos", estudantes do Massachusetts Institute of Technology conseguiram um princípio de incêndio em uma embarcação desde que ela ficasse estacionada por dez minutos no mesmo local.

Gigantescos guindastes que elevavam a proa dos navios romanos, afundando-os pela popa;
Plutarco conta que se instalou tamanho temor e angústia entre as tropas romanas, que qualquer corda ou pau sobre as muralhas de Siracusa era considerado uma artimanha diabólica de Arquimedes. Marcelo desistiu de tomar Siracusa por assalto e infligiu-lhe um cerco de 3 anos. Em 212 a.C. a cidade rendeu-se.

Criações matemáticas
No tratado "Sobre as Medidas do Círculo", Arquimedes, em um círculo dado, inscreveu e circunscreveu um polígono de 96 lados e obteve a fórmula para o cálculo da área do círculo e, por muitos séculos, o mais acertado valor para π;
No tratado "A Quadratura da Parábola", Arquimedes demonstrou que a área contida por uma parábola (Sp) e uma reta transversal é 4 / 3 da área do triângulo (St) com a mesma base e cujo vértice é o ponto onde a tangente à parábola é paralela à base;
O tratado sobre espirais descreveu a curva hoje conhecida como Espiral de Arquimedes (em coordenadas polares tem equação r = a + bθ) e pela primeira vez determinou a tangente a uma curva que não seja o círculo;
De forma inédita, Arquimedes apresentou os primeiros conceitos de limites e cálculo diferencial, cerca de 19 séculos antes de Newton;

Segurança de Túneis Ferroviários







Os túneis são de entre as obras de engenharia civil as que mais necessitam de uma observação criteriosa, posto que são construídos num meio cujas características são conhecidas, em regra, de uma forma insuficiente. No caso dos túneis ferroviários, há que distinguir duas etapas fundamentais, as que correspondem à fase de construção e à fase de exploração.

Durante a construção, para garantir a segurança da obra, deve haver um acompanhamento da sua execução por forma a avaliar 0 comportamento e a conformidade com o projecto. A estratégia seguida pela observação durante a fase de exploração consiste em avaliar o comportamento da obra ao longo do tempo e as variações das principais características, de forma a ser possível compreender os fenómenos que ocorrem durante a vida da obra.
A grande maioria dos túneis ferroviários, com excepção de algumas obras e de túneis em comboios de alta velocidade, é bastante antiga, pelo que a avaliação da segurança se processa a partir de inspecções ou de observações de difícil execução por dificuldades de acesso. Daí a necessidade de desenvolvimento de sistemas automáticos de monitorização, com processos de vigilância ou alerta incidindo sobre certos parâmetros característicos, que possam revelar eventuais anomalias do comportamento do túnel.
A observação das obras deve efectuar­-se de uma forma sistemática e planeada de forma a garantir a segurança e funcionalidade das obras, a verificação da adequabilidade dos critérios utilizados no projecto face ao comportamento observado na obra e, caso necessário, permitir, numa óptica interactiva, a alteração do processo construtivo adoptado e, ainda, a aquisição de conhecimentos que permitam uma melhor fundamentação na avaliação do controlo da segurança em futuras obras.




A análise da estabilidade das obras subterrâneas constitui uma das tarefas fundamentais. Os factores que mais influenciam a estabilidade estão sobretudo relacionados com a estratificação dos maciços, os níveis freáticos, características resistentes do maciço, forma da cavidade, sequência construtiva, existência ou não de cavidades múltiplas, tipos de suporte e fenómenos de deterioração ao longo do tempo. No caso de obras em rocha, a estabilidade é frequentemente condicionada pela presença de descontinuidades e as roturas ocorrem frequentemente com escorregamento ou separação ao longo destas superfícies. No caso das obras em solos, a estabilidade é condicionada pelas condições de resistência, drenada ou não drenada, em função do tipo de terreno, nomeadamente do tipo argiloso ou arenoso, e das condições de execução da obra.


Fonte: http://www.engenhariacivil.com/

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Enchentes e deslizamentos exigem planejamento e ações sérias para evitar a repetição de tragédias

A população do Rio de Janeiro sofreu com os problemas provocados pela maior chuva já ocorrida em um único dia: 288 milímetros registrados em 24 horas pela Defesa Civil Municipal, nesta terça-feira, 6 de abril. Foram mais de 200 mortes e cerca de 14 mil desabrigados, devido a deslizamentos de terra e enchentes, segundo informações divulgadas pelas autoridades municipais. A grande questão colocada por mais essa tragédia é como evitá-las ou minimizá-las ao máximo. Isto porque, não só o Rio de Janeiro, mas a maioria das cidades brasileiras se ressente da falta de planejamento e de ações que impeçam sua repetição na proporção frequentemente observada em nosso país, especialmente nas áreas de risco. A engenharia brasileira especializada em projetos e obras de saneamento detém conhecimentos técnicos suficientes para propor soluções para evitar ou minimizar tragédias do gênero. É necessário, porém, que os administradores públicos – municipais, estaduais e federais – ligados a essa área desenvolvam um planejamento sério para a execução de ações preventivas, que incluem estudos e levantamentos sobre as áreas de risco e as destinadas a evitar enchentes, a elaboração de projetos de qualidade e abrangentes para embasar a realização de obras eficazes e duradouras. Evidentemente, seria leviano e irresponsável apontar os atuais administradores públicos nas três esferas como os únicos responsáveis pela ocorrência de tragédias como a que se abateu sobre a capital fluminense, resultantes de décadas de descaso para com essa questão. Mas também seria irresponsável postergar as ações necessárias à prevenção de enchentes e deslizamentos de terra, que sempre trazem consequências trágicas para as populações atingidas. Após a ocorrência de desastres semelhantes, repetem-se os mesmos discursos das autoridades, em geral atribuindo-os a ocupações irregulares de encostas e morros, falta de colaboração da população com o saneamento e destino do lixo e demais resíduos sólidos, entre outros. Esses argumentos são verdadeiros, se olhados isoladamente, mas não justificam a passividade diante do inevitável acontecimento de novas tragédias, caso nada seja feito. Não há acidentes desse tipo que não envolvam diversos fatores: ocupação irregular de encostas, morros e áreas de risco, próximas a córregos e rios; ausência de obras de drenagem e contenção de encostas; falta de legislação específica para armazenamento e retenção de águas pluviais em residências, condomínios, áreas públicas, calçadas, indústrias e demais edificações urbanas; ausência de política adequada de recolhimento de resíduos sólidos, tanto residencial como de outras áreas, como a construção civil, por exemplo, e de legislação e políticas de estímulo à reciclagem do lixo; entre diversas outras necessárias à prevenção de acidentes por desastres da natureza. Os conhecimentos técnicos acumulados há décadas pela engenharia brasileira permitem o planejamento integrado das ações necessárias, precedidos pelos estudos e levantamentos requeridos; o desenvolvimento de projetos de qualidade, que observem e previnam os principais fatores de risco; e o desenvolvimento das obras de acordo com um cronograma factível e compatível com a prevenção, visando especialmente aos períodos de maior ocorrência de chuvas. É preciso ressaltar também que as mudanças climáticas do planeta provocam alterações radicais no regime de chuvas em todo o mundo, como alertam especialistas internacionais. Assim, os critérios até hoje utilizados para elaboração de projetos de manejo de águas pluviais terão de ser revistos. A maior intensidade das chuvas, com frequências cada vez maiores, exige projetos mais complexos. A nova Política Nacional de Saneamento Básico (lei n° 11.445/07) preconiza que os municípios brasileiros elaborem seus planos municipais de saneamento de acordo com os preceitos técnicos recomendados pela literatura internacional, o que propiciará programas de curto, médio e longo prazo para os quatro vetores do saneamento básico: água, esgoto, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos. É preciso correr contra o tempo e executá-los. Por que, passados mais de três anos da promulgação da lei, a maioria dos municípios brasileiros ainda não possui o seu plano? É preciso também lembrar que recentemente tivemos a aprovação da lei que dispõe sobre a política nacional de resíduos sólidos. Suas disposições também ficarão dormentes, em vez de ser implementadas? Nada disso, porém, será levado à prática se as autoridades, em todos os níveis, não se conscientizarem de que a prevenção dessas ocorrências tem caráter metropolitano, envolve diversas pastas (planejamento, saneamento, habitação, obras, transporte, energia e meio ambiente, para citar as mais importantes), e exige planejamento e ações integradas, em todas as esferas. Requer ainda o desenvolvimento de campanhas de esclarecimento à população por intermédio dos meios de comunicação de massa (televisão, rádio e internet, fundamentalmente), sem as quais não se pode esperar a adesão dos cidadãos a essas necessárias ações. E também a alocação de verbas, de formas regulares e inseridas nas previsões orçamentárias de municípios, estados e ministérios envolvidos, com definição de responsabilidades e cronogramas de forma clara para sua implementação. Senão, estaremos condenados a mais uma vez ouvir as mesmas desculpas, atribuindo à inclemência da natureza e aos erros da população a responsabilidade por deslizamentos e enchentes e pelas trágicas perdas de importantes vidas humanas. E de moradias e bens, em geral daqueles que menos têm condições de repô-las. O Brasil dispõe de tecnologia adequada para implementar o planejamento, projeto e obras necessárias à prevenção de desastres naturais. As cerca de 18 mil empresas de arquitetura e engenharia de projetos distribuídas pelo país e representadas pelo Sinaenco, podem colaborar tecnicamente para a viabilização dessas ações, que devem começar a ser planejadas e implementadas imediatamente, em benefício da sociedade.


Fonte: http://www.obra24horas.com.br

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Construir para alugar

Talvez o título deste artigo não corresponda à melhor tradução da expressão inglesa built-to-suit, mas certamente é aquela que melhor revela sua finalidade.
Construir para alugar é um modelo de negócio que não encontra regramento na legislação brasileira, sendo, justamente por isso, considerado um contrato atípico, onde se misturam pactos de compra e venda, de empreitada e de locação.

Apesar dessa falta de normatização específica, trata-se de operação imobiliária perfeitamente legal, comumente usada nos países do chamado Primeiro Mundo, que nos últimos anos começou a ser empregada no Brasil, envolvendo inicialmente grandes corporações empresariais.

Mas, em linhas gerais, como funciona o built-to-suit? É uma transação que no mais das vezes envolve três participantes: um investidor, que tenciona obter uma boa renda; um inquilino, que necessita de um prédio com determinadas características para locar por longo tempo; e, um construtor, que executará a obra a mando do investidor, porém atento às especificações ditadas pelo locatário.

E, por que tudo isso? Basicamente, porque há, de um lado, um inquilino que deseja ter uma edificação especial própria, mas não tem interesse em realizar investimento de vulto, e, de outro lado, um capitalista, cujo escopo é fazer com que seu dinheiro gere aluguéis generosos, que normalmente alcançam a casa do 1% ao mês sobe o montante aplicado.

Observe-se que, para o inquilino, a construção de imóvel próprio traduz-se em capital imobilizado, sem capacidade de produção de riqueza, enquanto que os custos da locação são contabilizados como despesa, o que torna a segunda opção ainda mais vantajosa contabilmente.

Além do mais, como o imóvel é construído sob medida para si, pelo investidor, isso é traduzido em ganhos reais de produtividade, já que foi criado um espaço adequado aos funcionários. (Pesquisas apontam que fatores como qualidade do ar, iluminação, barulho e disposição ergonômica dos móveis, influenciam na produtividade.)

O capitalista, por seu turno, também tem várias vantagens: uma boa renda mensal, de largo prazo – normalmente, de 15 a 20 anos -, proveniente do aluguel pago pelo inquilino; a valorização contínua e crescente do seu investimento imobiliário; o capital e a renda garantidos por um bem imóvel; e, em certas situações, tributação sobre os aluguéis inferior àquela imposta aos locadores comuns.

Há que se considerar, ademais, que o investidor terá um inquilino fixo por anos a fio, não correndo o risco de ver o seu imóvel desocupado da data da saída de um locatário até que ocorra a contratação com um outro, e provavelmente não dependerá de uma imobiliária para administrar a locação para si – uma economia de cerca de 10%.


Fonte: www.treinamentoimobiliario.com




Como não estou tendo tempo para bolar alguns textos pra postar, estou postando os que acho interessante.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O PROJETO DE SUA CONSTRUÇÃO

O Projeto Arquitetônico

O projeto arquitetônico é aquele que serve de base base para a concepção dos demais (Projeto Estrutural, Elétrico, Hidrosanitário, de Telefonia, de Ar condicionado, dentre outros).
É a materialização de uma idéia, aliada a aspectos como funcionalidade, conforto, estética, salubridade e segurança, além de aspectos legais, e é realizado por um arquiteto. Nele estão representados os cômodos com suas divisões, dimensões e áreas em planta (horizontal) e em cortes (vertical), a locação do terreno, o detalhamento do telhado e fachadas. Ele deve ser aprovado no órgão competente da Prefeitura Municipal.

O Projeto Estrutural

Os outros projetos devem ser elaborados por engenheiros civis e eletricistas e deverão atender rigorosamente ao Projeto Arquitetônico. O Projeto Estrutural (ou Cálculo Estrutural) é o dimensionamento das estruturas que vão sustentar a edificação. É o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos.
É necessário um perfeito equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que a obra seja segura. Para a elaboração do Projeto Estrutural é necessário, além do Projeto Arquitetônico, o Laudo de Sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento das fundações.

O Projeto de Instalações Elétricas

Deve ser elaborado por um engenheiro eletricista. Ele calcula o dimensionamento ideal das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores, etc., com seus respectivos detalhamentos.

O Projeto de Instalações Hidrosanitárias

Pode ser desenvolvido por um engenheiro civil ou por um arquiteto. A falta de um bom projeto pode ocasionar pouca pressão de água em chuveiros e mau cheiro em ralos.

Gastos por etapa da obra

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Falta de profissional eleva salário de engenheiro

A carência de mão de obra especializada nas construções civil e pesada, por conta do reaquecimento da economia e das obras de infraestrutura, começa a impulsionar os salários dos trabalhadores do setor.


A categoria de engenheiros foi a mais beneficiada até agora, segundo Manuel Rossitto, diretor do Sinicesp (sindicato da construção pesada de SP,"Dos últimos cinco anos para cá houve alta de cerca de 50% acima da inflação nos salários de engenheiros. Antes, a engenharia não estava na moda."


Rossitto afirma que, no caso dos engenheiros, a solução para as empresas reterem os bons profissionais tem sido oferecer salários maiores, ao contrário dos operários, cuja falta pode ser suprida com treinamentos.


"Algumas ações pontuais de aumento na remuneração de operários têm ocorrido. Mas, nesse caso, em que a formação é menos lenta que a dos engenheiros, é possível investir em cursos de capacitação para aumentar a base", diz Rossitto.
Murilo Pinheiro, presidente do Seesp (sindicato de engenheiros), afirma que as homologações de demissões registradas no sindicato recentemente correspondem, em grande parte, a troca de emprego, para oportunidades melhores.


Haruo Ichikawa, vice-presidente do SindusCon-SP (da construção civil), afirma que as negociações na convenção coletiva sobre a elevação dos salários de operários devem ser mais agitadas neste ano, já que os trabalhadores têm agora maior poder de barganha. O piso de um trabalhador qualificado, como carpinteiro e pedreiro, está em R$ 917,40.


Fonte: Folha de São Paulo - Maria Cristina Frias

Como incorporar a sustentabilidade em residências





Projeto mostra o real conceito de sustentabilidade por meio de um processo integrado de arquitetura, elétrica, hidráulica, seleção de materiais e boas práticas de construção É possível misturar sustentabilidade com Feng-Shui? Para quebrar paradigmas e mostrar que sustentabilidade também pode ser sinônimo de conforto, funcionalidade e beleza com qualidade de vida e harmonia ambiental o Grupo SustentaX lançou um projeto totalmente inovador: o Residência Sustentável. Hoje, muito se fala em sustentabilidade em empreendimentos comerciais e corporativos. No Brasil, já temos edificações sustentáveis com reconhecidos selos internacionais e nacionais, como o LEED e o AQUA. Mas, a imensa maioria da população ainda está à margem quando tratamos o assunto. Para levar adiante um projeto tão inovador o Grupo SustentaX reuniu renomados profissionais e fabricantes para demonstrar que a sustentabilidade é viável em reforma de residências. Lançado neste mês, em São Paulo, o projeto irá integrar todas as áreas, arquitetura, hidráulica, elétrica, paisagismo, climatização e harmonização de ambientes (feng-shui) para a busca de melhores soluções, dentro de parâmetros internacionais de sustentabilidade. O intuito é também desmistificar conceitos errôneos, como associar sustentabilidade a apenas ecologia, rusticidade ou então a ambientes com excesso de plantas. “A sustentabilidade é totalmente compatível como bom gosto e o conforto, quem não consegue perceber isso ainda não entendeu o que é sustentabilidade”, diz Paola Figueiredo, a idealizadora do projeto. Outro ponto importante será o de comprovar que no país, já temos profissionais altamente capazes de conceber e implantar projetos residenciais sustentáveis, bem como produtos e materiais de qualidade, produzidos e distribuídos com responsabilidade socioambiental, com baixa toxidade (abaixo dos limites aceitáveis internacionalmente). Após três meses de desenvolvimento de projeto, a obra terá início empregando boas práticas construtivas para evitar desperdício de materiais, por exemplo. Proprietários, moradores, estudantes, profissionais da área poderão acompanhar passo-a-passo uma obra sustentável do projeto até a decoração, podendo aplicar as tecnologias e soluções em seus lares ou projetos. Para obter mais informações, o site é www.ResidenciaSustentavel.com.br .

Construção civil puxa emprego no bimestre

O emprego na indústria de transformação se recuperou da crise financeira mundial e está crescendo a a um ritmo superior ao do setor de serviços. Em fevereiro o setor contratou 63.607 mil trabalhadores com carteira assinada, um aumento de 0,84% sobre o estoque existente em janeiro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem.


O resultado representa 30,09% do total de empregos gerados no mês passado, de 209.425 mil. No setor de serviços, o crescimento foi de 0,65% na mesma comparação, enquanto na construção civil a alta ficou em 1,5%. No acumulado dos dois primeiros meses, o estoque de empregados na indústria aumentou 1,78%, na construção civil, 3,94%, e em serviços, 1,09%.


No primeiro bimestre, a indústria respondeu por 34% do total de 390 mil novos empregos gerados no país, um percentual bastante superior aos 17% de participação do setor nos 1,478 milhão de empregos criados nos últimos 12 meses. Já o setor de serviços, que nos últimos 12 meses respondeu por 40% das vagas, viu sua participação encolher para 37% no primeiro bimestre, justamente pelo maior espaço ocupado pela indústria.


Os empregos totais e as vagas abertas na indústria em fevereiro são os maiores desde o início da série história do Caged, em 1992. Até então, o maior desempenho foi obtido em 2004, quando foram criadas 504.610 mil vagas. A indústria responde por 26% do Produto Interno Bruto (PIB) e foi o setor mais prejudicado pela crise financeira mundial. O economista da LCA Consultores, Fábio Romão, aposta que a industria de transformação fechará este ano com 497 mil contratações adicionais. O segundo melhor número foi registrado em 2007, quando atingiu 394,5 novas vagas abertas.


Segundo Romão, a indústria está em um movimento de "recomposição de estoque de mão-de-obra". Ele acredita que em junho ela já terá recuperado os níveis de emprego pré-crise. Antes da crise, até outubro de 2008, disse, o estoque era de 8,117 milhões, número que hoje soma 7,968 milhões de empregos. O setor, segundo contabiliza Romão, fechou 507 mil vagas entre novembro de 2008 e março de 2009. E a partir de abril começou a ensaiar uma recuperação, acumulando cerca de 300 mil postos até fevereiro deste ano.


No mês passado, o total de vagas abertas foi 34,6% superior ao total de empregos novos criados em igual mês de 2009 - 46,8 mil vagas. Porém, ficou menor do que os 68,9 mil criados em janeiro deste ano. Este resultado, segundo Romão, é reflexo da sazonalidade do carnaval. Em fevereiro, o emprego cresceu em todas os segmentos da indústria. Os principais foram a metalurgia , que contratou 10,104 mil novos funcionários, alta de 1,37% no estoque; indústria de calçados, 10. 026 mil (+3,05%), um recorde histórico; e têxtil, com 6.428 mil empregos a mais.


O economista da Tendências Consultoria, Rafael Bacciotti, acredita que a recuperação da indústria acontecerá "de maneira consistente", sobretudo, pela demanda forte do mercado interno, uma vez que a economia internacional ainda está engatinhando, após o tombo dado pela crise. Segundo ele, a produção industrial deverá crescer 9% este ano, uma forte recuperação na comparação com 2009, quando caiu 7,4%, conforme os dados do IBGE. Isto, avalia, estimulará as contratações.


Além da indústria e da construção , o emprego cresceu em fevereiro puxado pelos setores de serviços (85.607 mil contratações, mantendo-se na liderança em número de vagas), em razão das contratações em bares e hotéis, no período de carnaval. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, este ano deve encerrar com um resultado histórico de contratações.



Fonte: Valor OnLine

Construtoras temem apagão de mão de obra

As construtoras venderam R$ 22 bilhões em imóveis em 2008, R$ 26 bilhões no ano passado e já anunciaram planos ambiciosos para este ano: as maiores falam de expansão entre 30% e 50%. Quase todas essas obras já começaram a ser erguidas ou estão perto de sair do papel. A dúvida é se haverá braços para atender tamanha demanda. Os mais alarmistas já temem um apagão de mão de obra. Está difícil contratar profissionais qualificados e com experiência.


Em diferentes proporções e diferentes segmentos, a percepção é a mesma. "O problema não é a quantidade, mas a qualidade", diz Rodrigo Pádua, diretor de RH da Gafisa. "Servente, que é o primeiro escalão, é fácil contratar, mas mão de obra boa, que consegue entregar produtividade já está muito complicado, especialmente em São Paulo", diz Daniel Amaral, diretor financeiro da Direcional. A empresa, que atua na baixa renda, resolveu efetivar todos os funcionários antes terceirizados, criou um plano de carreira e instituiu até remuneração variável para o pessoal de obra.


Segundo o Sinduscon, 40% dos que trabalham em obras são serventes e 60%, qualificados. As empresas acreditam que o Bolsa Família e o próprio aquecimento do mercado nordestino provocaram a redução das migrações do Nordeste.


Para ter gente suficiente e bem treinada, as empresas adotam as mais diferentes estratégias. Na maioria das construtoras, os canteiros viraram escolas. Entre um tijolo e outro, os funcionários fazem uma pausa para participar de cursos de capacitação ou mesmo alfabetização. A corrida por estagiários de engenharia civil e os programas de trainee também se tornaram comuns no setor.


A Gafisa efetivou 103 engenheiros no ano passado, um recorde para a empresa, e este ano está com 450 estudantes na companhia. A MRV, que este ano vai construir 40 mil unidades, investe em um programa de trainee e contratou 5 mil novos funcionários apenas para os canteiros desde janeiro. Já conta com 18,5 mil trabalhadores nas obras. "Na década de 80, se você anunciasse uma vaga na obra, fazia fila", afirma Rubens Menin, presidente da MRV. "Hoje, precisamos investir em capacitação e participação nos lucros para reter os profissionais".


O efeito direto dessa falta de mão de obra se vê nos salários: o piso do setor varia entre as cidades, mas um ajudante ganha, em média, R$ 770. Um mestre de obras ganha mais de R$ 4 mil, chegando a quase R$ 10 mil no mês do pagamento da participação nos lucros.


Fonte: Valor OnLine

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ressucitei

Não estou tendo muito tempo pra postar no blog, não acho coisas novas para postar, também ando um pouco sem idéias e sem ter o que comentar.
As vezes fico meio sem o que falar,alias a maioria das vezes não falo nada ... não sei porque mais deve ser meu jeito... meio quieto, e com isso as idéias não surgem, mais como hoje deu tempo resolvi postar alguma coisa futil sem nenhum sentido.
Bom ... sei que não é legal começar um texto com "Bom... ".Como é um texto meu e que nenhum professor vai me dar nota vou começar assim.
Se eu for começar falar do meu dia-a-dia, vou falar sempre das mesmas coisas, ultimamente não to tendo nada de interessante pra fazer. De férias da faculdade estou procurando descansar nesses primeiros dias, se eu for começar querer sair todo santo dia não há bolso que aguente, sem contar que já estou tendo que pedir grana emprestada pro meu pai.
Enfim meu dia-dia se resume em trabalho, academia, descanso... essa é minha rotina de segunda a sexta.

Amanhã volto a postar coisas interessantes que me ineressam.Não vou mais ficar jogando conversa fora, aliás ... quando me der vontade eu volto pra falar um pouco mais do meu dia-a-dia , ou se não ... talvez eu monte um texto bacana sobre alguma coisa que eu goste e resolva postar aqui.
Até amahã

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fotos do rodeio de balsamo








Fotos do rodeio de Balsamo.
O show não foi lá aquelas coisas até porque não gosto de Eduardo Costa, se bem que nem ficamos na arena para ver. La fora estava tendo um outro show e depois entrou o dj.
Ficamos até as 4 hras sem contar que tive que trabalhar na sexta e não dei conta de acordar cedo, só fui trabalhar dps do almoço. Mais eu achei que tava bom, era de graça mesmo (:

Boa semana pra todos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Barreiras Acústicas de Acrílico

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a exposição continuada a níveis de ruídos acima de 55 decibéis provoca irritação e prejuízos à comunicação e à saúde. O pico de tráfego nas rodovias brasileiras chega a 40 mil veículos por hora e atinge nível de ruído de 85 decibéis, ou seja, muito superior ao recomendado.

A construção de estruturas como barreiras acústicas podem reduzir o ruído em até 35 decibéis, permitindo alcançar o nível suportável de ruído no interior de um condomínio construído nas margens de rodovias. No Brasil, uma barreira acústica de 200 metros, em concreto, construída na chegada da rodovia dos Bandeirantes à cidade de São Paulo é a única instalação nos cerca de 160 mil quilômetros de rodovias pavimentadas do país, onde não existe uma lei de controle de ruído.

Em vários países do mundo, inclusive da América do Sul, a preocupação não é somente com a qualidade de vida dos moradores, mas também com a preservação do meio ambiente, por isso é tradicional o uso de barreiras compostas por chapas acrílicas. “Na Rodovia dos Bandeirantes, o concreto bloqueou os ruídos, mas prejudicou a visão dos moradores dos condomínios próximos”, diz Eduardo Minoru Nagao, coordenador da divisão de infra-estrutura da Engevix Engenharia, empresa que vem estudando o uso de barreiras acústicas no país. Segundo Marco Juliani, diretor da Ieme Brasil, empresa de engenharia consultiva que desenvolve estudos de níveis de ruídos e vibrações, na espessura certa o acrílico tem boa absorção de ruído e a principal vantagem é que não impede a visão, preservando os aspectos ambientais.





Na cidade do Rio de Janeiro, um dos maiores exemplos dessa necessidade é a Linha Vermelha. Além da proximidade dos prédios, há o problema da privacidade e implicações com a desvalorização do imóvel, “O ponto fraco são os custos do investimento” afirma o engenheiro Nagao. “As barreiras acústicas são projetos caros e a preferência fica com o material mais barato, no caso o concreto”. Em 2004, a fabricante Unigel Plásticos, associada ao Indac, forneceu cerca de 300 toneladas de chapas acrílicas extrusadas para a construção de barreiras acústicas na Autopista Central e Autopista Aeroporto, ambas no Chile. Nesta obra foram usadas chapas de 4X2 metros e espessura de 15mm, levemente curvadas a frio, na cor azul.

Mais de mil toneladas já foram exportadas pela empresa também para a construção de barreiras em ferrovias na Itália. Nas barreiras acústicas, o acrílico é o componente principal com a base geralmente de concreto ou metal. Para manter a sintonia com o ambiente, geralmente são usadas chapas transparentes azul, verde ou fumê.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ALVENARIA ESTRUTURAL NÃO ARMADA

No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, elementos encarregados de receber o peso da obra. Por outro lado, na alvenaria estrutural esses elementos são desnecessários, pois as paredes - chamadas portantes - distribuem a carga uniformemente ao longo dos alicerces.
Para erguê-las, é preciso usar blocos especiais, mais resistentes que as peças de vedação. Eles podem ser de concreto, cerâmicos, sílico-calcários ou de concreto celular, sendo também possível recorrer aos tijolos maciços, assentados com juntas desencontradas e amarrados com ferragens. A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo da obra, porém é preciso que os projetos, mais detalhados, já sejam elaborados considerando a modulação dos blocos e as características da solução, pois as etapas de construção são diferentes.
A alvenaria estrutural também possibilita economia no tempo de execução e na mão de obra. Como são furados, os blocos permitem a passagem de ferragens (quando necessárias) e de instalações elétricas e hidráulicas, evitando quebras posteriores nas paredes. Dessa forma, quando totalmente erguida, a superfície está pronta para receber revestimento de gesso e, depois, pintura, dispensando reboco e massas grossa e fina.
Contudo, a alvenaria estrutural pode apresentar limitações para a realização futura de reformas e mesmo ampliações na construção; para estas últimas, uma boa alternativa é já considerar eventuais modificações durante a elaboração do projeto.
A seqüência esquemática deste processo dá-se da seguinte forma:
• executa-se o baldrame, nivelando sua superfície e impermeabilizando-o normalmente;
• procede-se o assentamento dos blocos-chave, situados nos cantos internos e em cada encontro das paredes internas; eles devem ser assentados conforme a planta de modulação, marcando exatamente a posição das paredes. É importante o nivelamento entre eles;
• entre os blocos-chave são assentados os blocos da primeira fiada, na quantidade exata da planta de modulação, com 1cm de junta vertical;





• nos cantos da edificação colocam-se gabaritos de altura, com marcação das fiadas a cada 12,5cm;
• levantam-se, em cada encontro, quatro fiadas (com 0,50m de altura) em forma de escantilhão, sendo mantido o nível e o prumo das fiadas. Nos cantos externos os blocos são amarrados entre si pelo sistema de assentamento; nos encontros da paredes internas com a alvenaria da fachada a amarração é feita com ferros (¼") em forma de dois "L" (0,50 x 0,50m) a cada 3 fiadas (obedecendo-se detalhes do calculista);
• no assentamento das demais fiadas, a linha de nível na aresta dos blocos dos escantilhões manterá toda a alvenaria no nível e prumo requeridos;






• levanta-se a alvenaria até a fiada correspondente à base da laje do piso superior;
• executa-se a montagem das fôrmas para a laje (que pode ser de qualquer tipo);
• com auxílio de uma régua ou nível, marca-se, no bloco da fachada, a posição exata da parede interna. Estando ela assentada no prumo, a posição marcada estará aprumada com a aresta do bloco-chave da primeira fiada;
• contra-verga: faz-se o enchimento dos blocos em canaleta com armação de ferro corrido (especificado pelo calculista), com avanço de 1 e ½ bloco de cada lado do vão;
• verga: se necessário, faz-se o enchimento dos blocos em canaleta com armação de ferro corrido (especificado pelo calculista), com avanço igual ao da contra-verga. Utilizam-se canaletas duplas ou triplas para vãos acima de 1,50m;




• procede-se à concretagem da laje de piso;
• os blocos-chave dos cantos externos são assentados conforme as faces da alvenaria e a planta de modulação;
• com o auxílio de um nível de bolha, transfere-se daí o assentamento dos blocos-chave, que devem estar nivelados entre si;
• assentados os blocos-chave num andar, retoma-se as instruções acima descritas para os demais






Observação: recomenda-se os seguintes traços da argamassa (cimento / cal hidratada / areia, em volume):
• para alvenaria de vedação: 1 : 2 : 8
• para alvenaria estrutural: 1 : 1 : 6.


Fontes: Revista Arquitetura & Construção
Catálogo Técnico da Prensil S/A.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Home Office une conforto e tecnologia


É perfeitamente possível, e muito saudável, encontrar o equilíbrio entre a intimidade da vida pessoal e com as responsabilidades profissionais. Para que isso ocorra, basta criar um espaço de trabalho adequado, um home office que harmoniza praticidade e conforto.

Esse tipo de ambiente deixou de ser um luxo. Hoje é fundamental na casa. O arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris defende que o home office deve obedecer a algumas regras básicas, independentes do tamanho do projeto. "É importante que seja funcional, arejado, claro e aconchegante. Nunca podemos nos esquecer do tripé estética, funcionalidade e bem-estar", acrescenta.

Após determinar o espaço reservado ao home office, chega o momento de definir com o profissional o melhor ambiente na planta. Se o imóvel estiver pronto, é preciso eleger um local independente, que não interfira no funcionamento da casa e na sua privacidade, permitindo receber clientes em seu escritório. Nesse caso, pode ser um dormitório já existente, uma sala, o quarto da empregada ou um closet. Ou, em projetos com concepção mais moderna, o mezanino.

A escolha dos móveis com desenho personalizado fica condicionada à atividade profissional. Alguns itens são indispensáveis, como um computador, cadeira, gaveteiro e armário. A bancada ampla deve estar voltada para uma bela vista ou para um vaso com planta, que dá mais vida ao ambiente. O uso de sofás e estantes depende do espaço. Também é permitido incluir um canto agradável de leitura, acompanhado por uma bela luminária.

Os detalhes arquitetônicos de linhas curvas, marca registrada de Kílaris, conferem ao projeto um ar contemporâneo. É possível adotar linhas curvas nos móveis, nos acabamentos em gesso e janelas.

Segundo Kílaris, cuidar da iluminação é fundamental para um ambiente de trabalho. Por isso, ele é criterioso na escolha das lâmpadas e luminárias: “A iluminação incandescente é a menos indicada, a meu ver, porque esquenta o ambiente e cansa a visão. A melhor opção é a luz fria, com lâmpadas fluorescentes, de cor branca, e uma luminária de mesa, com lâmpada PL de leve tom amarelado”, define.

Nas janelas, o arquiteto aconselha o uso de persianas, mais práticas, fáceis de limpar e com um bom resultado estético. Para quem deseja ambiente de trabalho harmonioso e equilibrado, ele recomenda atenção especial à ventilação natural ou ao ar condicionado.

A escolha das cores também requer cuidados especiais. Os tons não devem ser muito escuros, porque diminuem o ambiente, deixando-o com um aspecto pesado. “Mas, claro, não é proibido fazer uso de algum elemento de tom mais forte na decoração, embora os tons mais claros sejam os mais indicados, pois descansam os olhos”, conclui.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O pior gargalo é o governo

O PAC 2 é parte de um projeto de poder, não de um plano de governo. O cenário mais adequado para sua apresentação só poderia ser, nesta altura, um comício a favor da candidata Dilma Rousseff, escalada para fazer a ponte até o terceiro mandato oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sendo basicamente um instrumento de campanha, o "programa" é subordinado à lógica do realismo político, não do realismo econômico ou administrativo. Seus autores projetam investimentos de R$ 220 bilhões financiados pelo Tesouro nos quatro anos do próximo governo. Isso equivale a cinco vezes o valor aplicado com recursos do Orçamento até 19 de março deste ano, desde o lançamento do PAC, em 2007. O levantamento foi divulgado ontem pela ONG Contas Abertas, especializada no acompanhamento das finanças públicas.

Para alcançar esse desempenho, a administração petista, presumivelmente comandada pela mãe do PAC, teria de exibir uma competência nunca demonstrada até hoje. Isso seria bem mais do que a revolução ainda pregada por uma parcela da esquerda brasileira. Seria uma transubstanciação nunca imaginada por um religioso ou por um alquimista.

A candidata do presidente Lula acusou o governo anterior de haver instalado um Estado omisso, pior que um Estado mínimo, e de haver rejeitado o planejamento estratégico. Segundo a ministra Dilma e vários de seus companheiros, incluído o presidente Lula, o planejamento foi reabilitado na gestão petista. Pessoas puras poderão até acreditar nisso. As demais tentarão encontrar alguma prova dessa afirmação. Perderão tempo e esforço.

Não houve, nos últimos sete anos, o menor sinal de elaboração de algum plano de desenvolvimento. Também não houve a mínima demonstração de competência gerencial, como se pode verificar, facilmente, pelos dados de investimento, pelo emperramento dos projetos de infraestrutura e pela escassez de inovações institucionais. Não custa lembrar: dos R$ 256,9 bilhões investidos no PAC, até dezembro, R$ 137,5 bilhões corresponderam a financiamentos habitacionais para pessoas físicas.

Os investimentos das estatais dependeram até agora quase exclusivamente da Petrobrás e o quadro apresentado no PAC 2 não é muito diferente. Estão previstas aplicações de R$ 879,2 bilhões no setor de petróleo e gás. Isso equivale a 55,3% do total projetado de R$ 1,59 trilhão. Para o período de 2011 a 2014, o valor estimado para petróleo e gás, R$ 285,8 bilhões, corresponde a 29,8% de todo o investimento listado pelo governo. Mas a proporção efetiva será, quase certamente, bem maior, se a diferença entre a eficiência da Petrobrás e a do resto da administração federal continuar tão ampla quanto tem sido até agora. Se dependesse da qualidade gerencial do PAC, a Petrobrás estaria emperrada e os avanços na área do pré-sal teriam sido muito menores do que foram até agora.

A descoberta do pré-sal e os passos iniciais para sua exploração resultaram de programas de investimento iniciados há muitos anos pela empresa, muito antes de o governo petista decidir usar a estatal como instrumento de seu projeto de poder. Outras estatais, como as do setor elétrico, também foram instrumentalizadas, mas com resultados de outro tipo. Serviram principalmente para o loteamento político da administração federal. Foram disputadas abertamente pelos aliados do presidente Lula, e ele sempre reagiu como se grandes estatais tivessem um único valor estratégico: servir aos objetivos do jogo político.

Planejamento econômico é outro assunto. Envolve a definição de objetivos, a identificação de gargalos, a seleção de prioridades e, naturalmente, a identificação das fontes de recursos. Qualquer semelhança entre os PACs e esse padrão de planejamento é quase nula e só é identificável com uma dose notável de boa vontade. Mas, como o objetivo do PAC 2 é muito mais eleitoral do que econômico, seus autores podem recheá-lo de acordo com seu arbítrio e sua imaginação. Se a mistificação colar, ótimo para eles. Uma parte do eleitorado será vulnerável, com certeza, a essa conversa. O governo poderá, se quiser, invocar o nome de Juscelino Kubitschek para valorizar seu pacote de promessas. Quantas pessoas, hoje, têm alguma ideia, mesmo vaga, das características do Plano de Metas? Ou de qualquer outro plano produzido, neste país, com alguma competência técnica?

"O PAC", segundo o material divulgado na segunda-feira em Brasília, "é o maior projeto estratégico já feito no Brasil e está mudando o jeito de planejar e executar os investimentos." Há nisso alguma verdade: investimentos nunca foram tão mal planejados e executados, como provam os baixos números de realização do primeiro PAC. Como 54% dos projetos do PAC 1 continuavam no papel em dezembro, o novo programa é formado, em boa parte, de promessas formuladas e não cumpridas nos últimos anos. Também de acordo com esse material, o PAC "ajudou o País a enfrentar a crise internacional de 2008/2009". E mais: "Enquanto outros países tiveram de mobilizar investimentos públicos para gerar empregos, o Brasil já estava com as obras planejadas e em andamento."

Mas também essa história está muito mal contada. Dos R$ 103,7 bilhões investidos pelo setor público federal, em 2009, 68,9% foram aplicados pelas estatais. O Grupo Petrobrás forneceu 87% dessa fatia. Sem essa parcela, pouco sobraria do PAC e dos investimentos antirrecessão. Mas quem se importa, no governo, com detalhes desse tipo? Dos R$ 32,2 bilhões investidos com recursos do Tesouro, no ano passado, boa parte correspondeu, como tem sido normal, a restos a pagar, dinheiro empenhado mas não desembolsado em exercícios anteriores. Se houve alguma ação anticrise, no Brasil, foi principalmente a expansão dos gastos de custeio, mas isso não teve nenhuma relação com estratégia macroeconômica.

Fonte:
O Estado de São Paulo
Jornalista: Rolf Kuntz

terça-feira, 11 de maio de 2010

Escalção do Brasil para o Mundial.

Fazia tempo que não fazia um post.
O que dizer da escalação da seleção brasileira para o mundial? Na minha opinião o nosso querido comandante Dunga pecou muito nessa escalação, pois deixou de fora jogadores importantíssimos que poderiam fazer a diferença. Mais agora o que resta pra gente é torcer.
E fico me perguntando, Gilberto ? meio campista que foi convocado pra jogar de lateral ? e o Gilberto Silva? Se já foi a época de Ronaldo, Roberto Carlos, Ronaldinho e a do Gilberto Silva? é... meio frustrante pra gente.
Porém, vamos tentar acreditar que esse time possa fazer algo. Na minha opinião das quartas não passa.

Não vou deixar de citar aqui uma das decepções do Brasil em Copa do mundo.

Na Copa da Inglaterra, em 66, a equipe brasileira era formada por jogadores que estiveram na conquista do bicampeonato em 58 e 62 e pela nova geração que surgia e seria campeã quatro anos depois, em 70. Pelé, Garrincha, Jairzinho, Djalma Santos, Gilmar e Tostão estavam presentes no time que decepcionou todos que gostam do bom futebol. Na estreia, vitória sobre a Bulgária por 2 a 0, gols de Pelé e Garrincha. Na segunda rodada, derrota para a Hungria por 3 a 1 –gols de Bene, Farkas e Meszoly para os húngaros, e Tostão para o Brasil. No terceiro jogo, o time precisava da vitória sobre Portugal para se classificar, mas acabou derrotada mais uma vez por 3 a 1 e voltou para bem antes do que todos esperavam. Eusébio (2) e Simões marcaram para os portugueses, e Rildo descontou para o Brasil.



Goleiros: Julio Cesar, Gomes, Doni


Laterais: Maicon, Daniel Alves, Gilberto, Michel Bastos


Zagueiros: Juan, Lúcio, Luisão, Thiago Silva


Meio Campo: Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué, Kleberson, Elano, Ramires, Kaká, Júlio Baptista


Atacantes: Luís Fabiano, Nilmar, Robinho, Grafite

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