segunda-feira, 24 de maio de 2010

Barreiras Acústicas de Acrílico

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a exposição continuada a níveis de ruídos acima de 55 decibéis provoca irritação e prejuízos à comunicação e à saúde. O pico de tráfego nas rodovias brasileiras chega a 40 mil veículos por hora e atinge nível de ruído de 85 decibéis, ou seja, muito superior ao recomendado.

A construção de estruturas como barreiras acústicas podem reduzir o ruído em até 35 decibéis, permitindo alcançar o nível suportável de ruído no interior de um condomínio construído nas margens de rodovias. No Brasil, uma barreira acústica de 200 metros, em concreto, construída na chegada da rodovia dos Bandeirantes à cidade de São Paulo é a única instalação nos cerca de 160 mil quilômetros de rodovias pavimentadas do país, onde não existe uma lei de controle de ruído.

Em vários países do mundo, inclusive da América do Sul, a preocupação não é somente com a qualidade de vida dos moradores, mas também com a preservação do meio ambiente, por isso é tradicional o uso de barreiras compostas por chapas acrílicas. “Na Rodovia dos Bandeirantes, o concreto bloqueou os ruídos, mas prejudicou a visão dos moradores dos condomínios próximos”, diz Eduardo Minoru Nagao, coordenador da divisão de infra-estrutura da Engevix Engenharia, empresa que vem estudando o uso de barreiras acústicas no país. Segundo Marco Juliani, diretor da Ieme Brasil, empresa de engenharia consultiva que desenvolve estudos de níveis de ruídos e vibrações, na espessura certa o acrílico tem boa absorção de ruído e a principal vantagem é que não impede a visão, preservando os aspectos ambientais.





Na cidade do Rio de Janeiro, um dos maiores exemplos dessa necessidade é a Linha Vermelha. Além da proximidade dos prédios, há o problema da privacidade e implicações com a desvalorização do imóvel, “O ponto fraco são os custos do investimento” afirma o engenheiro Nagao. “As barreiras acústicas são projetos caros e a preferência fica com o material mais barato, no caso o concreto”. Em 2004, a fabricante Unigel Plásticos, associada ao Indac, forneceu cerca de 300 toneladas de chapas acrílicas extrusadas para a construção de barreiras acústicas na Autopista Central e Autopista Aeroporto, ambas no Chile. Nesta obra foram usadas chapas de 4X2 metros e espessura de 15mm, levemente curvadas a frio, na cor azul.

Mais de mil toneladas já foram exportadas pela empresa também para a construção de barreiras em ferrovias na Itália. Nas barreiras acústicas, o acrílico é o componente principal com a base geralmente de concreto ou metal. Para manter a sintonia com o ambiente, geralmente são usadas chapas transparentes azul, verde ou fumê.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ALVENARIA ESTRUTURAL NÃO ARMADA

No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, elementos encarregados de receber o peso da obra. Por outro lado, na alvenaria estrutural esses elementos são desnecessários, pois as paredes - chamadas portantes - distribuem a carga uniformemente ao longo dos alicerces.
Para erguê-las, é preciso usar blocos especiais, mais resistentes que as peças de vedação. Eles podem ser de concreto, cerâmicos, sílico-calcários ou de concreto celular, sendo também possível recorrer aos tijolos maciços, assentados com juntas desencontradas e amarrados com ferragens. A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo da obra, porém é preciso que os projetos, mais detalhados, já sejam elaborados considerando a modulação dos blocos e as características da solução, pois as etapas de construção são diferentes.
A alvenaria estrutural também possibilita economia no tempo de execução e na mão de obra. Como são furados, os blocos permitem a passagem de ferragens (quando necessárias) e de instalações elétricas e hidráulicas, evitando quebras posteriores nas paredes. Dessa forma, quando totalmente erguida, a superfície está pronta para receber revestimento de gesso e, depois, pintura, dispensando reboco e massas grossa e fina.
Contudo, a alvenaria estrutural pode apresentar limitações para a realização futura de reformas e mesmo ampliações na construção; para estas últimas, uma boa alternativa é já considerar eventuais modificações durante a elaboração do projeto.
A seqüência esquemática deste processo dá-se da seguinte forma:
• executa-se o baldrame, nivelando sua superfície e impermeabilizando-o normalmente;
• procede-se o assentamento dos blocos-chave, situados nos cantos internos e em cada encontro das paredes internas; eles devem ser assentados conforme a planta de modulação, marcando exatamente a posição das paredes. É importante o nivelamento entre eles;
• entre os blocos-chave são assentados os blocos da primeira fiada, na quantidade exata da planta de modulação, com 1cm de junta vertical;





• nos cantos da edificação colocam-se gabaritos de altura, com marcação das fiadas a cada 12,5cm;
• levantam-se, em cada encontro, quatro fiadas (com 0,50m de altura) em forma de escantilhão, sendo mantido o nível e o prumo das fiadas. Nos cantos externos os blocos são amarrados entre si pelo sistema de assentamento; nos encontros da paredes internas com a alvenaria da fachada a amarração é feita com ferros (¼") em forma de dois "L" (0,50 x 0,50m) a cada 3 fiadas (obedecendo-se detalhes do calculista);
• no assentamento das demais fiadas, a linha de nível na aresta dos blocos dos escantilhões manterá toda a alvenaria no nível e prumo requeridos;






• levanta-se a alvenaria até a fiada correspondente à base da laje do piso superior;
• executa-se a montagem das fôrmas para a laje (que pode ser de qualquer tipo);
• com auxílio de uma régua ou nível, marca-se, no bloco da fachada, a posição exata da parede interna. Estando ela assentada no prumo, a posição marcada estará aprumada com a aresta do bloco-chave da primeira fiada;
• contra-verga: faz-se o enchimento dos blocos em canaleta com armação de ferro corrido (especificado pelo calculista), com avanço de 1 e ½ bloco de cada lado do vão;
• verga: se necessário, faz-se o enchimento dos blocos em canaleta com armação de ferro corrido (especificado pelo calculista), com avanço igual ao da contra-verga. Utilizam-se canaletas duplas ou triplas para vãos acima de 1,50m;




• procede-se à concretagem da laje de piso;
• os blocos-chave dos cantos externos são assentados conforme as faces da alvenaria e a planta de modulação;
• com o auxílio de um nível de bolha, transfere-se daí o assentamento dos blocos-chave, que devem estar nivelados entre si;
• assentados os blocos-chave num andar, retoma-se as instruções acima descritas para os demais






Observação: recomenda-se os seguintes traços da argamassa (cimento / cal hidratada / areia, em volume):
• para alvenaria de vedação: 1 : 2 : 8
• para alvenaria estrutural: 1 : 1 : 6.


Fontes: Revista Arquitetura & Construção
Catálogo Técnico da Prensil S/A.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Home Office une conforto e tecnologia


É perfeitamente possível, e muito saudável, encontrar o equilíbrio entre a intimidade da vida pessoal e com as responsabilidades profissionais. Para que isso ocorra, basta criar um espaço de trabalho adequado, um home office que harmoniza praticidade e conforto.

Esse tipo de ambiente deixou de ser um luxo. Hoje é fundamental na casa. O arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris defende que o home office deve obedecer a algumas regras básicas, independentes do tamanho do projeto. "É importante que seja funcional, arejado, claro e aconchegante. Nunca podemos nos esquecer do tripé estética, funcionalidade e bem-estar", acrescenta.

Após determinar o espaço reservado ao home office, chega o momento de definir com o profissional o melhor ambiente na planta. Se o imóvel estiver pronto, é preciso eleger um local independente, que não interfira no funcionamento da casa e na sua privacidade, permitindo receber clientes em seu escritório. Nesse caso, pode ser um dormitório já existente, uma sala, o quarto da empregada ou um closet. Ou, em projetos com concepção mais moderna, o mezanino.

A escolha dos móveis com desenho personalizado fica condicionada à atividade profissional. Alguns itens são indispensáveis, como um computador, cadeira, gaveteiro e armário. A bancada ampla deve estar voltada para uma bela vista ou para um vaso com planta, que dá mais vida ao ambiente. O uso de sofás e estantes depende do espaço. Também é permitido incluir um canto agradável de leitura, acompanhado por uma bela luminária.

Os detalhes arquitetônicos de linhas curvas, marca registrada de Kílaris, conferem ao projeto um ar contemporâneo. É possível adotar linhas curvas nos móveis, nos acabamentos em gesso e janelas.

Segundo Kílaris, cuidar da iluminação é fundamental para um ambiente de trabalho. Por isso, ele é criterioso na escolha das lâmpadas e luminárias: “A iluminação incandescente é a menos indicada, a meu ver, porque esquenta o ambiente e cansa a visão. A melhor opção é a luz fria, com lâmpadas fluorescentes, de cor branca, e uma luminária de mesa, com lâmpada PL de leve tom amarelado”, define.

Nas janelas, o arquiteto aconselha o uso de persianas, mais práticas, fáceis de limpar e com um bom resultado estético. Para quem deseja ambiente de trabalho harmonioso e equilibrado, ele recomenda atenção especial à ventilação natural ou ao ar condicionado.

A escolha das cores também requer cuidados especiais. Os tons não devem ser muito escuros, porque diminuem o ambiente, deixando-o com um aspecto pesado. “Mas, claro, não é proibido fazer uso de algum elemento de tom mais forte na decoração, embora os tons mais claros sejam os mais indicados, pois descansam os olhos”, conclui.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O pior gargalo é o governo

O PAC 2 é parte de um projeto de poder, não de um plano de governo. O cenário mais adequado para sua apresentação só poderia ser, nesta altura, um comício a favor da candidata Dilma Rousseff, escalada para fazer a ponte até o terceiro mandato oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sendo basicamente um instrumento de campanha, o "programa" é subordinado à lógica do realismo político, não do realismo econômico ou administrativo. Seus autores projetam investimentos de R$ 220 bilhões financiados pelo Tesouro nos quatro anos do próximo governo. Isso equivale a cinco vezes o valor aplicado com recursos do Orçamento até 19 de março deste ano, desde o lançamento do PAC, em 2007. O levantamento foi divulgado ontem pela ONG Contas Abertas, especializada no acompanhamento das finanças públicas.

Para alcançar esse desempenho, a administração petista, presumivelmente comandada pela mãe do PAC, teria de exibir uma competência nunca demonstrada até hoje. Isso seria bem mais do que a revolução ainda pregada por uma parcela da esquerda brasileira. Seria uma transubstanciação nunca imaginada por um religioso ou por um alquimista.

A candidata do presidente Lula acusou o governo anterior de haver instalado um Estado omisso, pior que um Estado mínimo, e de haver rejeitado o planejamento estratégico. Segundo a ministra Dilma e vários de seus companheiros, incluído o presidente Lula, o planejamento foi reabilitado na gestão petista. Pessoas puras poderão até acreditar nisso. As demais tentarão encontrar alguma prova dessa afirmação. Perderão tempo e esforço.

Não houve, nos últimos sete anos, o menor sinal de elaboração de algum plano de desenvolvimento. Também não houve a mínima demonstração de competência gerencial, como se pode verificar, facilmente, pelos dados de investimento, pelo emperramento dos projetos de infraestrutura e pela escassez de inovações institucionais. Não custa lembrar: dos R$ 256,9 bilhões investidos no PAC, até dezembro, R$ 137,5 bilhões corresponderam a financiamentos habitacionais para pessoas físicas.

Os investimentos das estatais dependeram até agora quase exclusivamente da Petrobrás e o quadro apresentado no PAC 2 não é muito diferente. Estão previstas aplicações de R$ 879,2 bilhões no setor de petróleo e gás. Isso equivale a 55,3% do total projetado de R$ 1,59 trilhão. Para o período de 2011 a 2014, o valor estimado para petróleo e gás, R$ 285,8 bilhões, corresponde a 29,8% de todo o investimento listado pelo governo. Mas a proporção efetiva será, quase certamente, bem maior, se a diferença entre a eficiência da Petrobrás e a do resto da administração federal continuar tão ampla quanto tem sido até agora. Se dependesse da qualidade gerencial do PAC, a Petrobrás estaria emperrada e os avanços na área do pré-sal teriam sido muito menores do que foram até agora.

A descoberta do pré-sal e os passos iniciais para sua exploração resultaram de programas de investimento iniciados há muitos anos pela empresa, muito antes de o governo petista decidir usar a estatal como instrumento de seu projeto de poder. Outras estatais, como as do setor elétrico, também foram instrumentalizadas, mas com resultados de outro tipo. Serviram principalmente para o loteamento político da administração federal. Foram disputadas abertamente pelos aliados do presidente Lula, e ele sempre reagiu como se grandes estatais tivessem um único valor estratégico: servir aos objetivos do jogo político.

Planejamento econômico é outro assunto. Envolve a definição de objetivos, a identificação de gargalos, a seleção de prioridades e, naturalmente, a identificação das fontes de recursos. Qualquer semelhança entre os PACs e esse padrão de planejamento é quase nula e só é identificável com uma dose notável de boa vontade. Mas, como o objetivo do PAC 2 é muito mais eleitoral do que econômico, seus autores podem recheá-lo de acordo com seu arbítrio e sua imaginação. Se a mistificação colar, ótimo para eles. Uma parte do eleitorado será vulnerável, com certeza, a essa conversa. O governo poderá, se quiser, invocar o nome de Juscelino Kubitschek para valorizar seu pacote de promessas. Quantas pessoas, hoje, têm alguma ideia, mesmo vaga, das características do Plano de Metas? Ou de qualquer outro plano produzido, neste país, com alguma competência técnica?

"O PAC", segundo o material divulgado na segunda-feira em Brasília, "é o maior projeto estratégico já feito no Brasil e está mudando o jeito de planejar e executar os investimentos." Há nisso alguma verdade: investimentos nunca foram tão mal planejados e executados, como provam os baixos números de realização do primeiro PAC. Como 54% dos projetos do PAC 1 continuavam no papel em dezembro, o novo programa é formado, em boa parte, de promessas formuladas e não cumpridas nos últimos anos. Também de acordo com esse material, o PAC "ajudou o País a enfrentar a crise internacional de 2008/2009". E mais: "Enquanto outros países tiveram de mobilizar investimentos públicos para gerar empregos, o Brasil já estava com as obras planejadas e em andamento."

Mas também essa história está muito mal contada. Dos R$ 103,7 bilhões investidos pelo setor público federal, em 2009, 68,9% foram aplicados pelas estatais. O Grupo Petrobrás forneceu 87% dessa fatia. Sem essa parcela, pouco sobraria do PAC e dos investimentos antirrecessão. Mas quem se importa, no governo, com detalhes desse tipo? Dos R$ 32,2 bilhões investidos com recursos do Tesouro, no ano passado, boa parte correspondeu, como tem sido normal, a restos a pagar, dinheiro empenhado mas não desembolsado em exercícios anteriores. Se houve alguma ação anticrise, no Brasil, foi principalmente a expansão dos gastos de custeio, mas isso não teve nenhuma relação com estratégia macroeconômica.

Fonte:
O Estado de São Paulo
Jornalista: Rolf Kuntz

terça-feira, 11 de maio de 2010

Escalção do Brasil para o Mundial.

Fazia tempo que não fazia um post.
O que dizer da escalação da seleção brasileira para o mundial? Na minha opinião o nosso querido comandante Dunga pecou muito nessa escalação, pois deixou de fora jogadores importantíssimos que poderiam fazer a diferença. Mais agora o que resta pra gente é torcer.
E fico me perguntando, Gilberto ? meio campista que foi convocado pra jogar de lateral ? e o Gilberto Silva? Se já foi a época de Ronaldo, Roberto Carlos, Ronaldinho e a do Gilberto Silva? é... meio frustrante pra gente.
Porém, vamos tentar acreditar que esse time possa fazer algo. Na minha opinião das quartas não passa.

Não vou deixar de citar aqui uma das decepções do Brasil em Copa do mundo.

Na Copa da Inglaterra, em 66, a equipe brasileira era formada por jogadores que estiveram na conquista do bicampeonato em 58 e 62 e pela nova geração que surgia e seria campeã quatro anos depois, em 70. Pelé, Garrincha, Jairzinho, Djalma Santos, Gilmar e Tostão estavam presentes no time que decepcionou todos que gostam do bom futebol. Na estreia, vitória sobre a Bulgária por 2 a 0, gols de Pelé e Garrincha. Na segunda rodada, derrota para a Hungria por 3 a 1 –gols de Bene, Farkas e Meszoly para os húngaros, e Tostão para o Brasil. No terceiro jogo, o time precisava da vitória sobre Portugal para se classificar, mas acabou derrotada mais uma vez por 3 a 1 e voltou para bem antes do que todos esperavam. Eusébio (2) e Simões marcaram para os portugueses, e Rildo descontou para o Brasil.



Goleiros: Julio Cesar, Gomes, Doni


Laterais: Maicon, Daniel Alves, Gilberto, Michel Bastos


Zagueiros: Juan, Lúcio, Luisão, Thiago Silva


Meio Campo: Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué, Kleberson, Elano, Ramires, Kaká, Júlio Baptista


Atacantes: Luís Fabiano, Nilmar, Robinho, Grafite

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Pagar aluguel pode ser melhor do que fazer financiamento

Na maioria das vezes as pessoas se perguntam se é mais lucrativo pagar aluguel ou financiar um imóvel, lógico que se for pensar pelos dois lados ambos tem suas partes positivas e negativas, um exemplo, a casa de aluguel terá de ficar pagando vários anos pela casa, se vier a acontecer algo poderá muito bem sair e não ter mais aquela dispesa, já a casa própria financiada vai ser sua casa própria, porém fechando contrato estará com uma divida por muito tempo, e mesmo se houver qualquer outra desaveça ou imprevistos e não vier mais a utilizar o imóvel, vai ter uma divida todo mês, querendo ou não.

Pesquisei e achei uma opinião interessante.

O sonho da casa própria é quase unanimidade entre os brasileiros. Mas, diferentemente do que diz o senso comum, viver de aluguel pode ser alternativa melhor do que entrar em um longo financiamento, sobretudo para as classes média e alta.

Levando em conta exclusivamente as finanças da pessoa que está no momento de decidir se compra ou aluga a sua casa, especialistas garantem que viver de aluguel e, ao mesmo tempo, acumular renda para futuramente comprar o imóvel à vista é a melhor decisão a tomar.

Fatores como a alta taxa de juros dos financiamentos imobiliários, o risco da desvalorização do imóvel e o prazo muito longo para a quitação do empréstimo são as principais justificativas dos especialistas para viver de aluguel enquanto se poupa dinheiro.

Rafael Paschoarelli, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), explica: supondo que a pessoa entre em um financiamento com prazo de 20 anos para adquirir um imóvel de R$ 100 mil e, no qual a prestação inicial seja de cerca de R$ 1,4 mil. Em dez anos, se esse cidadão pagar um aluguel de R$ 750 e aplicar a diferença entre esse valor e o que pagaria de prestação no financiamento (R$ 650), acumularia R$ 106 mil.

"Essa relação é muito rentável para imóveis de classe média e alta", diz Paschoarelli. Segundo ele, porém, comprar imóveis mais simples, ou seja, de R$ 100 mil para baixo, é um bom negócio, mesmo que parte do total seja emprestado pelo banco. "Isso porque há subsídio no financiamento e, além disso, proporcionalmente, o valor do aluguel é muito mais alto do que o de um imóvel de luxo."

Alexandre Assaf Neto, pesquisador do Instituto Assaf, concorda com Veiga, mas pondera outros fatores. Ele salienta, por exemplo, que viver de aluguel e, ao mesmo tempo, acumular capital, é apenas para alguns tipos de perfil. "Se a pessoa tiver espírito empreendedor e não tiver pavor de risco, certamente vale mais a pena viver sem casa própria enquanto investe", afirma.

Tanto Assaf Neto quanto Paschoarelli salientam ainda que é muito melhor viver de aluguel e com dinheiro disponível para o aproveitamento de boas oportunidades do mercado no decorrer do tempo. "A liquidez traz oportunidades raras e muito rentáveis. Isso é outro fato que justifica a recomendação de manter o dinheiro disponível para aplicações estratégicas", avalia Neto.

Segurança. O aspecto segurança é muito importante para as finanças do brasileiros, segundo os especialistas. Por isso, diz a gestora de investimentos Claudia Kodja, a compra de um imóvel não é só um investimento, "mas a concretização da ideia de ter onde morar". "Não basta termos apenas um olhar técnico sobre esse tema. É preciso levar em conta o sonho e os objetivos de cada um", pondera.

Ela observa, porém, que o ideal é que se acumule, pelo menos, 40% do valor total do imóvel antes de entrar em um financiamento. "Também não é possível tomar uma decisão importante como a de comprar uma casa rapidamente ou sem avaliar os risco. É preciso pensar e, mais que isso, fazer cálculos", pondera a especialista.

Além disso, para Claudia, é sempre importante lembrar que financiamento imobiliário de alto valor exige prazos longos. "Nem sempre é bom trocar a relação que você tem com um locador por uma com uma instituição financeira."


Fonte: O Estado de São Paulo

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Mestre dos Mestres

A incrível trajetória de Conde Koma, o homem que trouxe o Jiu-Jitsu para o Brasil

“A postura desafiadora de Mitsuyo Maeda conflitava com os princípios da Kodokan, por isso ao ganhar notoriedade passou a classificar sua arte puramente como Jiu-Jitsu”

“Estima-se que Conde Koma tenha feito entre mil e duas mil lutas, enfrentando wrestlers, pugilistas e praticantes de outras lutas, sem perder um único combate”

Muita gente sabe que foi o paulista Charles Miller quem trouxe o futebol para o Brasil. Só não se consegue achar em nenhuma enciclopédia esportiva registro oficial ou relato de testemunhas que comprovem que Miller era um exímio praticante do esporte bretão.

O mesmo não se pode dizer daquele que trouxe o Jiu-Jitsu para as terras brasileiras. Conhecido por essas bandas pelo nome de Conde Koma, Mitsuyo Maeda beirava a perfeição quando o assunto era derrotar os outros em uma luta. Antes de desembarcar em terras tupiniquins em 1914, portanto há 90 anos, Maeda percorreu o mundo provando que sua arte era superior às demais. Uma história de vida única e fascinante, que merece ser contada em detalhe nas linhas que se seguem.

Mitsuyo Maeda nasceu em 1878 em uma pequena cidade chamada Aomori, localizada ao norte da ilha japonesa de Honshu e conhecida pelo forte frio que faz no inverno.Como a pobreza assolava a região no fim do século XIX, muitos moradores se mudavam para Tóquio ou para outras cidades na tentativa de ganhar dinheiro e fugir do inverno. Felizmente, esse não foi o caso de Maeda, mandado pela família para estudar na escola da elite local, a Hirosaki Junior High School. Mitsuyo lá ficou até o ano de 1886, quando passou a estudar na Waseda High School, em Tóquio.

Entre os amigos, era conhecido pelo apelido de menino-sumô, em razão de seu grande fascínio pela arte que lhe fora ensinada por seu pai e das várias lutas que vencia contra colegas de escola.
Na época da universidade, Maeda foi estudar na Tokyo Specialist School (que hoje tem o nome de Waseda University e é reconhecida como bom centro de ensino) e lá entrou para o clube de judô. Ao mesmo tempo, ele começou a freqüentar a Kodokan, famosa academia de judô que permanece em funcionamento até os dias atuais.

A Kodokan foi fundada por Jigoro Kano, um estudioso que juntou vários estilos do Jiu-Jitsu antigo para criar o judô, arte que posteriormente se modernizaria tornando-se um esporte de muitas quedas, algumas imobilizações mas nenhum soco ou chute. O auge do esporte ocorreu em 1964 quando recebeu o status de "olímpico" ao fazer parte dos Jogos de Tóquio. Mas isso aconteceu muito depois do tempo de Maeda e Kano, que praticaram um esporte que era a mistura de Jiu-Jitsu e judô. Ambas as artes tinham elementos e técnicas de trocação, herdados das antigas batalhas de samurais, que tinham de saber o que fazer depois que suas espadas quebravam no campo de guerra. Hoje em dia, o judô perdeu muito das técnicas antigas, uma vez que os lutadores treinam para ganhar o ouro olímpico tendo de obedecer a uma grande quantidade de regras e tempo de luta.

Na Kodokan eram realizadas lutas de judô todos os meses. Maeda fez a sua primeira em 25 de dezembro de 1898. Vestindo a faixa-branca, ele derrotou facilmente cinco ou seis oponentes. E no mesmo dia foi promovido à faixa-roxa. Começava ali uma trajetória incrível. Naquele mesmo 25 de dezembro Maeda seguiu vencendo todos os oponentes que surgiam a sua frente até que, depois de derrotar 15 adversários seguidos, recebeu o primeiro grau da faixa-preta. Desconfia-se que Maeda treinou afinco durante meses antes de tentar a sorte na Kodokan pois não queria arriscar não ser bem sucedido.

Homem de porte mediano para os padrões japoneses da época, seus 1,64m e 68kg não era o que poderia se chamar de atleta intimidador. Adorava beber saquê e cantar e não se fazia de rogado quando desafiado no meio da rua para uma briga. Não demorava a derrubar e nocautear o petulante que ousou cruzar seu caminho. Em constante evolução, foi promovido ao terceiro grau da faixa-preta em 1901 e se tornou instrutor de judô nas universidades de Tóquio, Waseda e Gakushuin, isto sem falar da escola militar onde também ministrava aulas.
Em 1904, Mestre Jigoro Kano aconselhou Maeda a viajar para os Estados Unidos a fim de mostrar aos yankees as habilidades das artes marciais japonesas. Antes de partir, recebeu o quarto grau das mãos de seu mestre.
Mituyo Maeda deixou o Japão através do porto de Yokohama em novembro, chegando a São Francisco, na Califórnia, pouco antes do fim do ano.

Naquela época, os norte-americanos já conheciam um pouco sobre judô, uma vez que o então presidente, Theodore Roosevelt era um grande fã do povo japonês e de sua cultura, chegando a ter um instrutor particular de judô chamado Yamashita. Em busca de melhorar a defesa pessoal, alguns militares americanos também já aprendiam judô em suas bases. Logo, cabia a Maeda e seus companheiros lutar contra os norte-americanos e provar a superioridade japonesa. Na famosa escola militar de West Point, Maeda enfrentou um jogador de futebol americano e praticante de wrestling. Depois de suas costas grudadas ao chão, o que nas regras do wrestling daria a vitória ao americano, Maeda continou lutando e venceu o combate com uma chave de braço. Os americanos não aceitaram o resultado e propuseram um novo desafio, desta vez contra o companheiro de Maeda, um experiente aluno de Kano chamado Tomita. Os yankees acreditavam que enfrentar Tomita seria uma honra maior por se tratar de um lutador melhor [na verdade, Tomita era muito melhor professor do que realmente lutador].

Para desespero de Maeda, seu parceiro foi facilmente derrotado, e de forma embaraçosa para qualquer praticante de judô ao ser imobilizado pelo norte-americano. Aquilo foi demais para Maeda, que rompeu com Tomita e decidiu seguir viagem sozinho.

A opção então foi rumar para Nova York, onde participou de várias lutas de vale-tudo para ganhar dinheiro. Na primeira, diante de um westler 20 centímetros maior e que gostava de ser chamado pela alcunha de "O menino açougueiro", Maeda derrubou o oponente várias vezes antes de finalizar na chave de braço. Três lutas e três vitórias depois, uma delas diante do então campeão mundial dos pesos pesados de boxe, Jack Johnson, Maeda iniciava a tradição que seria seguida no Brasil por Helio Gracie e seus discípulos em derrotar adversários muito mais altos e mais fortes. Os Estados Unidos já estavam pequenos demais para ele.

Três anos depois, em 1907, Maeda rumou para o Reino Unido, onde venceu mais 13 lutas e em seguida para a Bélgica, onde fez mais uma vítima. Era hora de voltar à América. E o destino foi a ilha caribenha de Cuba. Lá, muito antes de Fidel Castro sonhar em assumir o poder, quem mandava era Maeda. Foram ao todo 15 vitórias, em dois períodos intercalados por uma rápida passagem pelo México onde derrubou mais quatro adversários. É importante ressaltar que estas são apenas as lutas oficiais. Não estamos falando de desafios feitos no meio da rua. Se contados lutas, só em Cuba foram mais de 400.

Essa postura desafiadora de Mitsuyo Maeda conflitava com os princípios da Kodokan, e ao ganhar notoriedade passou a classificar sua arte puramente como Jiu-Jitsu e não mais Judô.
Depois de muito viajar pelo mundo, em 1914 Mitsuyo Maeda desembarcou no Brasil, mais especificamente em Santos. Pouco ficou nada na cidade do litoral paulista, indo se fixar em Belém. Entre idas e vindas ao Reino Unido, Nova York e Cuba, Mitsuyo chegou usar o nome de Yamato Maeda. Yamato é um nome antigo de Japão, e usava este nome quando representava o país mundo afora. Mas foi na Espanha que passou a ser chamado de Conde Koma, nome da academia de judô que fundou na capital paraense e pelo qual ficou conhecido no Brasil. Em sua academia, Maeda ensinava Jiu-Jitsu como uma técnica de defesa pessoal para lutas de vale-tudo.

No início dos anos 20, o já famoso Conde Koma se envolveu na fracassada tentativa do império japonês de colonizar a Região Norte do Brasil. Acuado, foi ajudado por um homem com grande influência política chamado Gastão Gracie, cuja família havia imigrado da Escócia. A amizade entre os dois cresceu e certo dia Gastão fez uma oferta a Maeda: queria que ele ensinasse Jiu-Jitsu a seu filho Carlos [ver Box].
Conde Koma morreu no dia 28 de novembro de 1941, aos 63 anos. Estima-se que ele tenha feito entre mil e duas mil lutas, enfrentando wrestlers, pugilistas e praticantes de outras lutas, sem perder um único combate. Muitos imigrantes japoneses e amigos brasileiros compareceram ao funeral para agradecer ao mestre que havia tocado suas vidas de maneira tão determinante. Desde aquele dia, Mituyo Maeda, ou simplesmente Conde Koma, descansa em paz no Cemitério de Belém, no Pará.


http://www.cbjj.com.br

Concrete Show 2009 faz balanço positivo do evento

O otimismo do empresariado e o cenário altamente positivo desenhado pelo aquecimento do setor da construção civil impulsionaram a geração de R$ 500 milhões em negócios e o recorde em todos os aspectos da Concrete Show South América 2009. A 3ª edição da feira registrou um crescimento de 58,8% de área de exposição, 23,5% na visitação, 20% em expositores e 30% em palestras.

Mais de 17 mil profissionais com alto poder de decisão passaram pelos 28 mil m2 de exposição de quatro pavilhões e da área externa do Transamérica Expo Center, em São Paulo.

A Concrete Show South America foi palco de diversos lançamentos de produtos e equipamentos apresentados por 312 expositores, sendo 226 nacionais e 86 internacionais. “Crescer com qualidade é sempre um grande desafio. Este ano conseguimos superar novamente a expectativa de nossos expositores e parceiros trazendo maior visitação com qualidade. Quando idealizamos e resolvemos fazer o evento no Brasil, sabíamos do potencial e da carência do setor por um evento profissional e técnico desta magnitude”, ressalta Claudia Godoy, diretora da Sienna Interlink, promotora e realizadora da Concrete Show South America.

O sucesso também foi percebido nas renovações de contratos de muitos expositores para a edição de 2010. “Antes do término do terceiro dia da feira anunciamos a expansão, pois 60 % dos expositores já haviam renovado sua participação para a 4ª edição. Nossa expectativa é chegar a 33 mil metros quadrados de área e cerca de 400 expositores.”, conclui Claudia Godoy. A diretora afirma ainda que o objetivo é trabalhar ainda mais para fortalecer a presença de expositores internacionais.

A expectativa de fechamento de negócios durante o evento foi comprovada pelos resultados obtidos pelos expositores. As empresas MEP, Schnnel, Liebbher, Schwing Stetter, Menegotti, entre outras, festejaram durante o evento a venda de vários equipamentos.

Negócios e renovação

A Schnell, além de já garantir a presença em 2010, foi uma das que fechou muitos negócios. Segundo o diretor Comercial da italiana, Daniel Minetto, a Schnell realizará, a partir do evento, a venda de 10 a 15 máquinas – negócios que ou se concluíram na feira ou foram gerados a partir dela. “Esta é uma feira interessantíssima e que aconteceu em um momento muito bom para o mercado, que está bastante aquecido e crescendo muito no Brasil. A Concrete Show é um veículo comercial muito forte”, defendeu Minetto.

A alemã Liebherr que também já garantiu sua participação para próxima edição, fechou negócios e ressaltou que a Concrete Show foi o evento em que mais vendeu este ano e que a participação é importante e estratégica para o grupo. Além de renovar, a Liebherr aumentou seu espaço na área interna da feira e promete novidade para a área externa.

A Basf é outro expositor que estará de volta ano que vem. O gerente de Marketing Regional da empresa, César Cotillo, lembrou que a presença da Basf foi essencial para o reforço da marca, principalmente agora, depois da companhia ter passado por uma grande reestruturação. “O evento foi um sucesso, firmamos o relacionamento com nossos clientes recebendo-os em nosso estande, que esteve sempre lotado”, disse Cotillo.

“Definitivamente comprovamos o quanto o seu público é qualificado. Este ano, a feira nos proporcionou novos contatos, os quais se transformarão em bons negócios num futuro próximo. Ficamos extremamente satisfeitos com a receptividade dos visitantes, não só com a nossa linha tradicional, como também entre os nossos lançamentos. E mais uma vez tivemos a certeza de que tomamos a decisão certa”, afirmou Sergio Guerra, diretor Comercial da Denver Impermeabilizantes.

A Sika também está confirmada para 2010 e segundo o gerente de Marketing e produtos da empresa, Manfredo Belohuby, a Concrete Show 2009 superou as expectativas. “Não ouvimos falar de crise e certamente tivemos um evento que deve gerar ainda mais negócios. O movimento em nosso estande cresceu cerca de 40%”, afirmou. Outro diferencial do Concrete Show é o retorno institucional e a criação de uma qualificada rede de contatos a partir dos visitantes do evento. Este foi o caso da Sudeste. A empresa apostou na Concrete para divulgar sua casa pré-fabricada, feita com paredes duplas de concreto, com menor prazo de construção e pouca mão-de-obra. “A Concrete foi a vitrine ideal para apresentar o produto”, declarou Fabio Marcello Casagrande, Diretor da Sudeste.

A próxima edição da Concrete Show acontecerá entre os dias 25 e 27 de agosto de 2010 e o grande número de renovações exigiu um plano de expansão para a feira e que já foi anunciada oficialmente três dias após o evento. “A Concrete Show 2010 será novamente uma importante plataforma para lançamentos de produtos, reforço de marca, join-ventures, vendas e networking, porém, com mais expositores e uma área de opções de produtos e serviços ainda mais amplas para os profissionais que prestigiam o evento”, garante a diretora da feira, Claudia Godoy.


Repercussão

O Secretário de Habitação do Estado de São Paulo e presidente do CDHU, Lair Krähenbühl, ficou impressionado com as novas tecnologias expostas no evento para a construção de habitações populares. Ele também frisou a importância da nacionalização de produtos e o crescimento da participação do Brasil e, principalmente, do Estado de São Paulo, no mercado da construção.

Para o presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, Renato Giusti e da Associação das Empresas de Serviços de Concretagem – ABESC, Wagner Lopes, o empresariado já entendeu que a Concrete Show é o lugar certo para expor produtos.

Segundo eles, a feira de 2009 teve todos os méritos, pois muitos eventos foram cancelados por conta da crise mundial, enquanto a Concrete Show só cresceu , demonstrando que o setor está preparado para atender o mercado com produtividade e menor custo. A mesma opinião é compartilhada por Cláudio Elias Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – Anamaco. “O Concrete Show é, sem dúvida, o evento mais importante do setor, demonstra crescimento e ganhou maior pujança com as demandas advindas do Governo Federal”.

Em busca de soluções para cidades, a engenheira da prefeitura de Curitiba, Manuela do Amaral Marqueño, responsável pela gerência de Implantação de Obras e Projetos do município além de palestrar, visitou o evento: “Este é o primeiro ano em que participei da Concrete Show e foi bastante proveitoso para buscar idéias para a prefeitura”, disse.

“A Concrete Show é um evento amplo, que contempla todas as áreas do mercado da construção civil e onde encontramos profissionais em plena atuação no mercado e outro diferencial é que, ao visitar a feira, os profissionais conseguem ter “acesso rápido aos lançamentos”, disse o Presidente do Sindicato dos Arquitetos do estado de São Paulo, Daniel Amor.

Jiu Jitsu






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Cada um tem sua história dentro desse esporte que vem sendo reconhecido pelo mundo inteiro nos últimos anos.
A minha começou a seis meses atrás, na época eu fazia academia e um colega praticava o jiu jitsu fazia muito tempo. Ele sempre falava que era legal, que era melhor do que ficar puxando ferro na academa. Foi quando entrei de férias da faculdade e resolvi fazer algumas aulas, dai então não parei mais. São seis meses porém ainda não participei de nenhum campeonato de peso, os que fui só marquei presença ,fui mesmo só assistir, pois ainda não estou confiante e posso melhorar mais, não entro em um campeonato para perder na primeira luta. E tudo isso devo ao Mestre Russo e todos os alunos da academia Russo Fight Fitness.

HISTÓRIA DO JIU-JITSU


egundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.

A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.

Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.

Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.

Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.

Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.

De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.

Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.

Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.


Postado por Renan Alves.